Ao anunciarem o aumento de R$14,20 para 100 kWh consumidos, autoridades do setor de energia como o ministro de Minas e Energia e o diretor-geral da agência reguladora Aneel, André Pepitoni, conseguiram não mencionar, certamente por desinteresse, providências para estimular e incentivar projetos de geração de energia - sobretudo mais barata e renovável, como solar e eólica - que livre o Brasil da dependência das termelétricas. Ao contrário: o País afunda mais nessa dependência. O ministro Bento Albuquerque parece viver em outro país. Disse ontem que a geração de energia no Brasil é "compatível com a demanda". Pepitoni anunciou, com incontida satisfação, a mais recente invenção da Aneel para alegrar as termelétricas: a "bandeira de escassez hídrica". O diretor da Aneel diz que chega a R$13,8 bilhões o custo das térmicas. "Foi necessário criar essa bandeira para fazer frente a esse custo", disse. O setor de energia passa a sensação de que todos trabalham para garantir faturamento bilionário da geração cara e suja de termelétricas.
O Plano Nacional de Imunização (PNI) bateu novo recorde na campanha de vacinação contra a covid e aplicou 51 milhões de doses somente no mês de agosto, equivalente a cerca de 1,65 milhão de doses por dia, em média, segundo o portal de monitoramento vacinabrasil.org. Os resultados obtidos em agosto são tão impressionantes que superam o recorde anterior em 20%. Foram 10 milhões a mais de doses aplicadas em agosto em comparação a julho, que havia sido o melhor mês do PNI. Julho foi o primeiro mês com média acima de 1 milhão de doses por dia, totalizando um pouco mais de 40,7 milhões de vacinas em 31 dias. A aceleração do ritmo do PNI é comprovada pelos números. O Brasil aplicou 194 milhões de doses, quase metade nos últimos dois meses. O Brasil também registrou queda nas médias diárias de casos, 35,6 mil para 23,1 mil, e mortes, que desabou de 991 para 667, a menor do ano.
Foi constrangedor a forma como o coordenador do Atlas da Violência tentou transformar a queda de 22% nos homicídios em notícia ruim. Alegou que houve alta nas mortes violentas com causa indeterminada, mas mesmo somando ambos, é o menor patamar da série disponível.
Aliás, o Atlas da Violência continua repetindo a cada levantamento que são negras (e pardas) 70% das vítimas da violência. São mesmo, mas, curiosamente, omitem dados como esse sobre os autores dos crimes.
Especialistas em energia avisam que, em termos de energia, os brasileiros terão um início de 2022 muito pior que o trágico ano de 2021. E não se fala em investimentos na geração de energia.
Apesar da polêmica, a PEC dos Precatórios, que permite ao governo parcelar em vezes suas dívidas acima de R$66 milhões, recebeu parecer positivo do relator na CCJ, deputado Darci de Matos (PSD-SC).
A Câmara aprovou a PEC que inclui na Constituição a proteção de dados do cidadão. Até aí tudo bem, mas suas excelências queriam também criar outro órgão público para "regular a proteção de dados". Não passou.
O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), lembrou ontem no plenário do Senado que são legítimas as manifestações de apoio ao governo Bolsonaro marcadas para o dia 7.
"Falta de planejamento deste e dos últimos governos", deputado Júlio Delgado (PSB) sobre a nova bandeira tarifária da energia elétrica.