Donos de escolas particulares de Pernambuco querem resposta rápida sobre o retorno das aulas presenciais

No último dia 31 de julho o governo prorrogou até o dia 15 de agosto o decreto que suspende as atividades presenciais nas instituições de ensino
Rute Arruda
Publicado em 05/08/2020 às 12:08
Antes, os donos das instituições defendiam o retorno a partir do dia 17 deste mês, mas agora não falam mais em uma data Foto: BOBBY FABISAK/JC IMAGEM


Os donos de instituições privadas de Pernambuco, que estão desde 18 de março de 2020 com as portas fechadas devido a pandemia do novo coronavírus, querem uma resposta rápida do governo do Estado em relação ao cronograma de retorno das aulas presenciais. O comentário foi feito nesta quarta-feira (5) pelo presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Pernambuco, José Ricardo Diniz, após a gestão estadual negar uma possível data de retorno das aulas. Segundo o que foi vazado, a primeira etapa do retorno das atividades presenciais aconteceria no dia 1° de setembro com a educação básica. A segunda etapa aconteceria no dia 8 de setembro, a terceira no dia 15 do mesmo mês, e a quarta no dia 22.

As aulas presenciais nos colégios, faculdades e universidades públicas e privadas estão suspensas até o dia 15 de agosto por determinação do governador Paulo Câmara (PSB), que prorrogou o decreto 48.810 pela quarta vez. 

Antes, os donos das instituições defendiam o retorno a partir do dia 17 deste mês, mas agora não falam mais em uma data. "A data é fundamental para nós. Mas não estamos mais sugerindo a data. Nós queremos uma definição dela pelo poder público competente", disse o presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Pernambuco. 

Segundo Diniz, a partir deste momento, os donos das escolas privadas defendem cronogramas diferentes para o retorno das instituições privadas e públicas. "A partir desse momento nós defendemos sim. Nós tentamos ao máximo, ao extremo, mas quando a gente percebe que há respostas bem diversas daquilo que nós entendemos e defendemos aí muda de figura. A partir desse momento nós entendemos que as autoridades têm que pensar em calendários diferentes", contou.

Em resposta aos prefeitos pernambucanos que defendem uma retomada das aulas presenciais apenas em 2021, Diniz afirmou que os donos das escolas particulares são "veementemente contrários a essa tese", e que estão preparados para a volta das atividades.

Sem data de retorno definida

O governo de Pernambuco ainda não divulgou o protocolo para reabertura das instituições de ensino e nem a data de retorno das atividades presenciais. No último dia 24 de julho, foi encerrada a consulta pública sobre o protocolo de retorno. Mais de 21 mil pessoas contribuíram com sugestões, opiniões e críticas. A consulta esteve disponível durante dez dias. O plano de retomada divulgado inicialmente conta com medidas de prevenção e proteção, distanciamento social e monitoramento e comunicação.

Durante uma reunião com prefeitos pernambucanos, o secretário de Educação de Pernambuco, Fred Amâncio, afirmou que a retomada das aulas só será viável caso os números da covid-19 continuem caindo no Estado.

"A gente só vai retomar com as aulas se os números epidemiológicos continuarem evoluindo de maneira positiva. A educação tem um papel importante na sociedade, pois quanto mais tempo os alunos estão fora da escola, mais cresce a desigualdade. Estimamos um aumento da evasão escolar e será um desafio grande trazer os alunos de volta", disse o secretário. 


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