Ainda não há data de liberação de aulas presenciais para alunos de escolas públicas de Pernambuco que estudam na educação infantil e no ensino fundamental. Essas duas etapas da educação básica, que somam mais de um milhão de crianças e adolescentes no Estado, dependem de autorização do Comitê de Monitoramento da Covid-19, coordenado pelo governo estadual, para voltar presencialmente para as unidades de ensino. Sem anuência do governo, a saída é iniciar o ano letivo de forma remota.
Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (28), o secretário estadual de Saúde, André Longo, informou que na próxima semana o secretário de Educação de Pernambuco, Marcelo Barros, vai se pronunciar sobre o assunto.
"O que a saúde pode dizer é que as escolas podem ser ambientes seguros desde que sigam os protocolos estabelecidos pelas Secretarias de Saúde e de Educação. Acreditamos muito que com todos os cuidados necessários é possível garantir um retorno seguro nas escolas", destacou André Longo.
Atualmente, na rede pública, somente alunos do ensino médio que estudam em escolas estaduais podem ter aulas presenciais. O ano letivo para eles começará na próxima quinta-feira (dia 04).
Já nas escolas particulares todas as séries, da educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, podem ter atividades presenciais nas unidades de ensino. Para a rede privada, o ano letivo também se inicia na próxima semana, mas as datas variam conforme cada colégio.
Devido à covid-19, o governo de Pernambuco suspendeu as aulas presenciais na educação básica e ensino superior em 18 de março do ano passado. Após analisar o cenário da pandemia, liberou o retorno por etapas.
Faculdades e universidades foram as primeiras a serem autorizadas a reabrir, em 8 de setembro. O ensino médio público e privado, segmentado em datas diferentes, por séries, retornou em outubro.
Em novembro, crianças da educação infantil e do ensino fundamental de colégios particulares puderam voltar ao convívio presencial com os colegas. Na época, o governo de Pernambuco justificou que não iria liberar as aulas presenciais para a rede pública dessas séries porque as escolas não estariam prontas para atender os protocolos sanitários exigidos.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) divulgou relatório, em dezembro passado, sobre as condições de retorno presencial em escolas municipais e estaduais. O estudo mostrou que nas redes municipais, 73% não tinham definição do protocolo com as regras para a volta dos alunos para as escolas.
Revelou também que 69% não haviam definidos critérios para decidir sobre o retorno às aulas e 58% não dispunham de levantamento sobre necessidade de contratação de profissionais. A fiscalização atingiu 513 escolas.