A quantidade de estudantes que voltou para as aulas presenciais nas escolas privadas de Pernambuco, nesta segunda-feira (05), foi menor do que a que estava nas escolas em 17 de março, último dia de atividades nos estabelecimentos antes da suspensão do ensino presencial, pelo governo estadual. Devido ao agravamento da pandemia do novo coronavírus no Estado, o que motivou a adoção da medida pelo Comitê de Monitoramento da Covid-19, algumas famílias optaram por permanecer com os filhos mais tempo em casa acompanhando as atividades escolares remotamente.
Retomaram as turmas da educação infantil e das séries iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano). Na próxima segunda-feira (12) poderão voltar do 6º ao 9º ano do fundamental e o ensino médio. Na rede estadual, a volta será gradual, a partir do dia 19. Nas escolas municipais, a retomada das aulas presenciais está liberada de 26 de abril em diante.
"O retorno ao presencial da educação infantil e do 1º ao 5º, como já era previsto, foi bastante moderado, representando algo em torno de 60% do contingente que vinha frequentado esse modelo no período anterior à suspensão. A nossa previsão é de que, ao longo da semana, se retomem os patamares anteriores, ficando um público menor no online", afirma o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Pernambuco (Sinepe), José Ricardo Diniz.
Segundo ele, cerca de 70% dos estudantes estavam frequentando as aulas presencialmente desde o início do ano letivo, em fevereiro. Os outros 30% ficaram em casa com o ensino online. Nos colégios que precisaram adotar rodízio das turmas para acomodar os alunos respeitando a regra de manter distância de 1,5 metro entre cada banca foi adotado o ensino híbrido - aula presencial e aula remota.
"Na medida em que a vacinação for se ampliando, aliada à queda da curva de contágio, a tendência para o presencial irá se consolidando. É importante destacar que a decisão de escalonar o retorno, com o fundamental 2 e o ensino médio só voltando na próxima segunda, também se mostrou eficaz, evitando qualquer aglomeração imediata diante das escolas", observou José Ricardo Diniz.