Seis em cada 10 brasileiros consideram a educação como um tema muito importante que deve ser observado na hora de escolher os candidatos nas próximas eleições. É o que mostra pesquisa encomendada pelo Movimento Todos pela Educação.
Nesta quinta-feira (28) é comemorado o Dia Mundial da Educação. Em outubro, serão escolhidos o próximo presidente da República, os governadores dos Estados, senadores, deputados estaduais e deputados federais.
A pesquisa revela que 59% dos entrevistados classificam como "muito importante" o tema educação ao avaliar as propostas dos candidatos na hora de votar; 15% disseram ser "pouco importante" e para 17% o tema será "indiferente" nas suas escolhas entre os candidatos.
O levantamento foi realizado pela Conectar Pesquisas e Inteligência, que ouviu por telefone 3.860 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 7 e 24 de fevereiro de 2022.
PRIORIDADES
Outro pergunta feita aos entrevistados foi quais temas são mais importantes, no contexto educacional, para serem discutidos entre os candidatos. A melhoria da infraestrutura das escolas públicas foi a mais citada, com 45%), seguida da melhoria das carreiras dos professores, com 43%.
Em meio aos impactos causados pela pandemia de covid-19, as pessoas ouvidas também apontaram como tema a busca dos estudantes que retornaram às escolas após a retomada das aulas presenciais (33%) e a organização das redes de ensino para que alunos passem mais tempo no dia a dia tendo atividades nas escolas (30%).
Em seguida aparece o desenvolvimento de ações para recuperar as perdas na educação durante a pandemia, com 27% e a melhoria na oferta de creches, com 28%. Para 8%, investir em carreira pública para pessoas que trabalham nos órgãos públicos é prioridade.
AVALIAÇÃO
O Todos pela Educação também quis saber a avaliação da população em relação à condução das políticas públicas, na educação básica nas escolas públicas, pelo governo federal e pelos governos estaduais. A maioria dos brasileiros aptos a votar em outubro avalia negativamente.
Entre os entrevistados, 58% da população com 16 anos ou mais considera-se insatisfeita ou muito insatisfeita com o governo federal, enquanto 54% dos entrevistados se dizem insatisfeitos ou muito insatisfeitos quando avaliam a condução dos governos estaduais. Outros 27% se dizem satisfeitos com o governo Federal, índice que sobe a 33% quando se avaliam governos estaduais.
IMPACTOS
Outros números relevantes sobre os efeitos da pandemia na educação básica pública, segundo a pesquisa:
* 91% concordam que o ensino remoto não substitui o presencial, e as crianças e jovens precisam voltar a frequentar as escolas diariamente; enquanto apenas 33% concordam que a possibilidade do ensino remoto melhorou o aprendizado;
* 82% concordam que a pandemia afetou mais os estudantes de escolas públicas do que estudantes de escolas privadas;
* 57% concordam que, durante a pandemia, melhorou o acesso à internet e às tecnologias para educação nas regiões em que vivem.