Professores da Escola Municipal Nilo Pereira, localizada no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, estão preocupados com uma barreira de mais de cinco metros que fica atrás da unidade de ensino. Com as chuvas dos últimos dias, um pedaço da encosta caiu, segundo o Sindicato Municipal dos Profissionais da Rede Oficial de Ensino do Recife (Simpere). Caso deslize mais, vai cair barro dentro da escola, atingindo a quadra.
Para não colocar em risco alunos, docentes e funcionários, o Simpere reivindica que as aulas presenciais sejam suspensas. Enquanto o problema da encosta não for resolvido, o pedido do sindicato é que as atividades permaneçam remotas. A escola é para alunos das séries finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano). São cerca de 300 estudantes matriculados.
"Parte da barreira cedeu. A prefeitura, de forma irresponsável, manteve as aulas presenciais. Cobramos que sejam suspensas e mantenham as aulas remotas. Não podemos permitir que nossos professores e os alunos fiquem expostos a esse risco, principalmente diante da possibilidade de mais chuvas nos próximos dias. O perigo é também para a comunidade", ressalta uma das coordenadoras do Simpere, Anna Davi.
Na última quarta-feira (25), as aulas presenciais em toda a rede municipal de Recife foram suspensas por causa das fortes chuvas. O mesmo ocorreu nas escolas estaduais da capital e Região Metropolitana. Mas nesta quinta-feira as atividades nas escolas voltaram a ocorrer.
RESPOSTA
Por meio de nota, a Secretaria de Educação do Recife informou que contactou a Defesa Civil do Recife. O órgão explicou que não há necessidade de interdição nem interrupção das aulas na Escola Nilo Pereira.
"A Defesa Civil vai elaborar um relatório técnico com recomendações sobre a manutenção da barreira localizada por trás da unidade de ensino. A gestão pontua também que toda a área externa da escola, no entorno da barreira, está isolada para que o fluxo de estudantes na área seja evitado", esclareceu a Secretaria de Educação.