O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) realiza, nesta quarta-feira (5), uma Assembleia Geral para discutir se irá decretar greve. Com a publicação da readequação de 14,95% do piso salarial para parte dos professores estaduais, feita pela governadora Raquel Lyra (PSDB), no Diário Oficial desta segunda-feira (3), a categoria reivindica que o piso tenha repercussão na carreira.
Durante a entrega dos 101 novos ônibus escolares, que foram distribuídos para 74 municípios, em uma ação do programa Juntos pela Educação, a governadora de Pernambuco foi questionada pela reportagem do Jornal do Commercio sobre como tem mantido o diálogo com os profissionais da educação em meio ao estado de greve da rede pública estadual.
"A gente tem dialogado sempre, já fizemos mais de cinco reuniões específicas com o Sintepe, e a mesa de negociação permanece. Como a gente se comprometeu, foi aprovado e está garantido o piso para 100% dos professores de Pernambuco e agora partimos para negociações específicas não só com os professores, mas também com todos os trabalhadores e servidores do estado de Pernambuco", respondeu.
No entanto, não há previsão de quando o Executivo poderá apresentar uma proposta de reajuste para os 52 mil profissionais que não foram contemplados com a lei, aprovada na Assembleia Legislativa no último dia 26 - com 30 votos favoráveis e 15 contrários.
Terão reajuste de 14,95% 28 mil profissionais da educação: sendo seis mil professores efetivos, 19 mil com contratos temporários e três mil recém-contratados. Uma mesa de negociação está marcada para ser realizada em agosto.
"A gente vai ter que discutir muito com os servidores, considerando a situação fiscal em que a gente recebeu o governo de Pernambuco com baixa capacidade de poder fazer reajustes. E a gente não tem escondido pra ninguém que a deficiência das contas públicas tem sido um impeditivo pra gente poder andar sobre esse caminho com mais facilidade", explicou Raquel Lyra.