Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário S.A. pede recuperação judicial no Recife

A Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário S.A. (QGDI), tradicional construtora de origem pernambucana, conta com um portfólio de 111 empreendimentos
Fernando Castilho
Publicado em 17/03/2021 às 17:00
MARCA.QGDI assina prédios de luxo em Pernambuco e outros Estados Foto: DIVULGAÇÃO


A Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário S.A. (QGDI), tradicional construtora de origem pernambucana, entregou nesta quarta-feira (17), na 28ª Vara Cível da Capital, um pedido de Recuperação Judicial, solicitando a nomeação de Administrador, suspensão pelo prazo legal de 180 dias, prorrogável por igual período, de todas as ações e execuções movidas contra a empresa e a autorização para apresentar as contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a RJ. O valor da ação é de R$ 1.349.930.950,18.

O grupo imobiliário QGDI foi fundado em 1977 e tem, atualmente, um portfólio de 111 empreendimentos, todos concluídos, isto é, com seus respectivos certificados de conclusão de obras. Com a atuação no segmento imobiliário nos Estados de Pernambuco e São Paulo, o grupo QGDI ampliou também sua participação para os Estados da Bahia e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal, estando hoje em 19 municípios.

O grupo tem empreendimentos icônicos como o Oka Beach Residence – residencial de lazer composto por bangalôs e apartamentos à beira mar de Muro Alto/PE - e a Quadra Urban Living - cinco torres residenciais próximas do Shopping Recife. Apenas na orla de Boa Viagem, a QGDI já entregou 21 empreendimentos de alto padrão. Apesar da pulverização das atividades e empreendimentos, o grupo manteve a sede no Recife.

A empresa lembra que sua arca é sinônimo de sofisticação e qualidade, e que atualmente é detentor de um patrimônio de mais de 5.000.000 m2 (cinco milhões de metros quadrados) em estoque de terrenos.

Ao pedir sua RJ, a QGDI esclareceu que a crise causada pela pandemia da COVID-19 prejudicou seus negócios, gerando um alto número de distratos em 2019 para 2020. A empresa diz que as anulações de contrato alcançaram níveis elevadíssimos, prejudicando a saúde financeira da QGDI.

Ela lembra ainda que foi duramente atingida pela crise do setor entre 2015 e 2017, quando atingiram os maiores patamares históricos. Afirma que praticamente a totalidade das vendas brutas dos exercícios de 2016 e 2017 foi distratada. Somente a partir de 2018, os distratos começaram a reduzir gradualmente, porém ainda apresentaram valores expressivos.

No pedido, a empresa apresentou uma lista de credores sujeitos e não sujeitos ao procedimento, nas formas sintética e analítica, com a indicação da natureza, classificação e o valor atualizado dos créditos, discriminando sua origem, o regime dos respectivos vencimentos e a indicação dos registros contábeis de cada transação pendente.

A QGDI declara no pedido que segue apta a reagir com grande rapidez às demandas do mercado imobiliário, mantendo sua posição de uma das líderes em seu segmento de atuação com lançamentos frequentes de qualificados e modernos empreendimentos.

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