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Literária

Por Fábio Lucas

Vila Literária do Flipoços

Em sua 19ª edição, o Festival Literário de Poços de Caldas vai para o ar livre, e realiza a 1ª Feira do Livro do Sul de Minas

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Fábio Lucas

Publicado em 27/04/2024 às 21:37
Gisele Ferreira é a curadora do Flipoços - Divulgação

Uma cidade repleta de atrações literárias, grandes encontros e muitos livros: durante nove dias, até o domingo, 5 de maio, Poços de Caldas ganha uma Vila Literária para a primeira Feira do Livro do Sul de Minas, na 19ª edição do Flipoços. A curadora e coordenadora do evento, Gisele Ferreira, busca mais uma vez a renovação, ao sair do tradicional local fechado de realização para o espaço aberto do Parque José Affonso Junqueira, onde longas fileiras com 70 tendas expõem dezenas de milhares de títulos, que serão olhados, tocados, folheados e comprados por um público estimado em 80 mil pessoas, num aumento esperado de mais de 50% em relação ao registrado na última edição, em área limitada e com menos expositores.
O tema deste ano é “A crônica nossa de cada dia”, pondo em evidência o gênero tipicamente brasileiro. Os homenageados em 2024 são o escritor Ignácio de Loyola Brandão, e o sulfuroso (como são conhecidos os autores de Poços de Caldas) Chico Lopes. A programação de conteúdo, como de costume, alia o aprofundamento dos temas à diversidade dos debatedores convidados. Nomes expressivos da cena literária estarão presentes, como Ruy Castro, Julián Fuks, Mary Del Priore, Eric Nepomuceno, Sueli Carneiro e Patrícia Campos Mello. Na sexta, 3, haverá uma homenagem aos 90 anos de Nélida Piñon, que faleceu em 2022, com a participação de Rodrigo Lacerda, editor da Record.
Neste domingo, 28, o secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, Fabiano Piúba, participa da mesa sobre “A inclusão pela leitura e as políticas públicas para o livro no Brasil”, com o coordenador das bibliotecas públicas de Minas Gerais, Lucas Amorim, e a presidente da Liga Brasileira de Editoras (Libre), Lizandra Magon de Almeida, com a mediação da editora e escritora Rosana Mont’Alverne. Ainda neste domingo, José Castilho fala sobre a lei que ficou conhecida com seu sobrenome – Lei Castilho – que trata da Política Nacional de Leitura e Escrita (PNLE) no Brasil.
A festa começou. A programação completa está disponível no site www.flipocos.com.


Jaqueline Fraga na Bahia

Autora finalista do Jabuti em 2020, a jornalista e escritora Jaqueline Fraga marca presença na Bienal do Livro da Bahia, nesta segunda, 29, em sessão de autógrafos a partir das 3 da tarde, no Espaço Escreva, garota! no evento. Veja mais informações no Instagram @bienaldolivrobahia.

 

Daniela Chindler estará na Livraria Janela - Divulgação


Um Porto para o Mar

A Livraria Janela do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, recebe nesta segunda, 29, o lançamento do livro “Um Porto para o Mar”, publicado pela Sapoti. A obra conta a história da cidade a partir de sua região portuária. No evento, a curadora do projeto, Daniela Chindler, que também é uma das autoras, bate papo com a museóloga Mariana Rigoli e a historiadora Luciene Carris, a partir das 7 da noite.


Publicar poesia

Um minicurso gratuito e online vai tratar de “Problemas e questões ao publicar um livro de poesia: autores, editoras, circulação, divulgação”. A iniciativa é parte do projeto “Os céus se gastariam” de Gabriel Morais Medeiros. Na terça, 30, às 7 da noite. Link para inscrições em @oficiosterrestresedicoes no Instagram.

 

Coletivo Escreviventes participa de movimento - Ricardo Rogers Paranhos


Ler é coletivo

Para marcar o Dia da Literatura Brasileira, no 1º de maio, quatro coletivos de escrita promovem o movimento #LerÉColetivo, oferecendo livros digitais em promoção ou de graça por 24 horas, para estimular a leitura de obras de autoria nacional e independente. Os títulos estarão disponíveis nos perfis dos coletivos organizadores (Margem, Escreviventes, Escribas e Poexistência) no Instagram.

 

O escritor Israel Pinheiro - Divulgação


Israel Pinheiro na Bahia

Autor de “Um Deus que não passeia sobre as águas” (Autografia, 2021) e “Três Natais” (e-book), Israel Pinheiro estará na Bienal do Livro da Bahia, na quarta, 1º de maio, último dia do evento. Para a escritora e pesquisadora Geórgia Alves, as cenas descritas em sua escrita “soam fidedignas com a realidade que experimentamos. Ninguém é somente bom ou mau nestes tempos de vaidades extremas, egos disfarçados do mais refinado radicalismo religioso ou extremismo político. Há de se observar esta Literatura”, recomenda. Conheça o escritor no Instagram @pinheiroisrael.silva.

 

Claudia Cavalcan lança no Recife - Renato Parada


Cláudia Cavalcanti no Recife

Será na Livraria Jaqueira do Recife Antigo o lançamento de “Avenida Beberibe”, novo livro de Cláudia Cavalcanti pela Fósforo. Um romance memorialístico que, para Fabiana Moraes, que assina a orelha, aborda “repressão e alegria, essa dualidade que, de tão presente, foi (e é) feita normal”. A sessão de autógrafos ocorre na quinta, 2, a partir das 18h.

 

Tatiana Pastorello publica pelo selo Auroras - Divulgação


Mulheres fortes não ganham flores

Escritora e terapeuta floral, Tatiana Pastorello aponta os florais de Bach como inspiração para os contos de “Mulheres Fortes Não Ganham Flores”, em lançamento na sexta, 3, no Recife. A publicação é do selo Auroras, da Penalux. O evento será no Coffee Cube, no bairro da Jaqueira, a partir das 4 da tarde. Siga @seloauroras e @tatiana.pastorello no Instagram.


O corpo como parte

Adriana Carneiro lança no Recife, na sexta, 3, seu primeiro livro de poesia, “O corpo como parte de um sistema”. A coreógrafa, pesquisadora e poeta reúne na coletânea, publicada pela Patuá, 55 poemas que abordam “corpos que transitam, corpos-sociais, que estão na cidade e pelo mundo. Corpos que nem sempre são acolhidos”. O evento será na Biblioteca Pública do Estado. Visite o site www.editorapatua.com.br e saiba mais sobre este e outros lançamentos.


Helena Vieira no Flipoços

Autora de “Jussiape, a cidade onde nada acontecia”, publicado pela Folhas de Relva, a escritora Helena Vieira participa do Flipoços no sábado, 4, em bate-papo sobre “Mulheres negras e a reparação da escravidão”. Participam do encontro a escritora e filósofa Sueli Carneiro, e as escritoras Adriana Santana e Maria José, com a mediação de Thais Costa. No palco Sesc Sulfurosa, às 2 e meia da tarde.

 

Luciana Gerbovic, Monica Carvalho e Beth Leites - Divulgação


Clube da Livraria da Tarde

Depois de “Em agosto nos vemos”, de Gabriel Garcia Marquez, lido pelo grupo em abril, o Clube de Leitura da Livraria da Tarde programa para os próximos meses os livros “Annie John”, de Jamaica Kincaid, e “O arrebatamento de Lol V. Stein” de Marguerite Duras. Na foto, Luciana Gerbovic, Monica Carvalho e Beth Leites.


Deus na escuridão

Chegando ao Brasil pela Biblioteca Azul o novo romance do premiado autor português Valter Hugo Mãe, “Deus na escuridão”. A edição vem com dois prefácios, um deles assinado pelo músico Rodrigo Amarante, e o outro, pelo professor Carlos Reis. A obra é apresentada como uma “reflexão sobre o exercício de amar, com destaque especial para o amor materno”.


O comprometido

Em maio, as livrarias do país recebem o novo livro de Viet Thanh Nguyen, escritor vietnamita. “O comprometido” é continuação de “O simpatizante”, obra vencedora do Pulitzer que deu origem a uma série de TV para a HBO. Ambos os títulos são publicados no Brasil pela Alfaguara. “O comprometido” é um “thriller político sobre a busca da liberdade”, segundo a divulgação, e tem a tradução de Cássio de Arantes Leite. Veja outras informações no Instagram @editora_alfaguara.


O perigo amarelo

O escritor angolano João Melo publica no Brasil pela Faria e Silva o livro “O perigo amarelo e outros contos”. Para a professora Maria Teresa Salgado, da UFRJ, o autor é um mestre do conto. Para ela, “o trabalho sofisticado de João Melo faz valer, com todas as letras, a célebre frase de Tolstói: Canta a tua aldeia e será universal”. Para outras informações e livros, acesse www.altabooks.com.br.


Para ler Freud

A Civilização Brasileira traz mais um volume da coleção Para Ler Freud: “Inibição, sintoma e angústia”, de Michel Plon, com tradução de Clarisse Meireles e revisão técnica de Silvia Pimenta Velloso Rocha. A coleção é organizada por Nina Saroldi. Neste livro, Plon “percorre o itinerário do discurso de Freud sobre a angústia”, tendo como elemento central o ensaio de 1926 que dá título à obra.

 

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