A Pesquisa Raio-X FipeZAP do 2º trimestre de 2024, que avalia a percepção e o comportamento dos agentes do mercado imobiliário, incluindo informações sobre compras realizadas e intenção de compra; participação de investidores entre os compradores; incidência e percentual de descontos nas transações efetivadas; percepção e expectativas com respeito ao nível e trajetória dos preços dos imóveis no curto e longo prazos, aponta manutenção do interesse pela compra para investimento mesmo diante da expectativa de alta nos preços de imóveis.
Elaborado com a participação de 646 respondentes entre os dias 10 de julho e 05 de agosto de 2024, o levantamento indica que a participação de investidores, com base em dados informados a respeito do objetivo e data de transações efetivadas, nas transações classificadas como investimento tem oscilado em torno da média histórica da pesquisa (43%), mas considerando as transações efetivas nos últimos 12 meses, o percentual identificado foi de 73%.
A participação de compradores, grupo formado pelos respondentes que declararam ter adquirido imóvel nos últimos 12 meses, por sua vez, registrou a terceira alta consecutiva na pesquisa, passando a compor 13% da amostra do 2º trimestre de 2024. Em contraponto, a intenção de compra no 2º trimestre de 2024, que reúne os respondentes que declararam intenção de adquirir um imóvel nos próximos três meses, recuou de 40% para 35%, patamar inferior à média histórica da Pesquisa Raio-X FipeZAP (38%).
Aqueles com preferência por usados somaram 46%, indiferentes entre imóveis novos ou usados (45%) e que buscavam exclusivamente imóveis novos (9%). Com respeito aos objetivos da compra, a intenção de destinar o imóvel para “investimento”, embora ainda minoritária, avançou pelo segundo trimestre consecutivo (para 14%).
PREÇOS MAIS CAROS
Embora com mais compradores e investidores, o mercado imobiliário já vislumbra a perspectiva de, a longo prazo, 'esfriar' as vendas, segundo a pesquisa. A redução no percentual de intenção de compra é justificada pela previsão de alta nos preços.
A percepção sobre os preços atuais, com aqueles que consideram os valores dos imóveis “altos ou muito altos” oscilou de 72%, na amostra do 2º trimestre de 2023, para 74%, no 2º trimestre de 2024.
Já a expectativa de preço, com os respondentes que projetavam alta nominal no valor dos imóveis, cresceu de 32%, no 2º trimestre de 2023, para 46%, no 2º trimestre de 2024.