Publicado em 27/04/2017 às 11:07
Pedimos 70% da frota nas ruas no pico, mas o TRT determinou 50% e 30% nos demais horários. Acreditamos que muitos motoristas não vão aderir a esse movimento injusto com a sociedade", Fernando Bandeira, da Urbana-PEA decisão foi dada no início da manhã desta quinta-feira (27/4) e implica numa multa diária de R$ 100 mil para o Sindicato dos Rodoviários, caso a entidade não cumpra a determinação. O pedido foi feito pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco – Urbana/PE, depois de ser notificado pelo governo de Pernambuco para que adotasse as medidas necessárias, inclusive legais, para garantir a oferta de transporte por ônibus nesta sexta-feira. LEIA MAIS Rodoviários terão que garantir 50% da frota de ônibus durante paralisação Rodoviários decidem aderir à greve geral nesta sexta-feira Apesar da decisão do TRT, rodoviários garantem paralisação nesta sexta A desembargadora do TRT, entretanto, não atendeu a todos os pedidos feitos pelo departamento jurídico da Urbana-PE. Os empresários pediram que os rodoviários fossem obrigados a colocar 70% da frota nas ruas e, não, os 50% solicitados pelo GRCT. O setor empresarial pediu, ainda, que a categoria fosse proibida de fazer piquetes e bloqueios, além de promover danos aos coletivos. Mas a magistrada preferiu não se pronunciar sobre a questão, alegando que não era certo que essas ações aconteceriam de fato. Em resumo, na decisão liminar – por tanto provisória – a desembargadora concorda com os argumentos da Urbana-PE de que, por ser um serviço essencial, o transporte público não pode parar; além de que o movimento não representa uma greve de categoria, com reivindicações sendo discutidas. “Acreditamos que a determinação vai ser cumprida. Pedimos 70% da frota nos horários de pico porque entendemos que esse percentual atende melhor à população. Mas a decisão da Justiça já é boa e vai fazer com que a população conte com o transporte para se deslocar nesta sexta-feira. Entendemos o momento enfrentado pelo País, mas essa não é a forma correta de protestar. Transporte público é essencial. Os prejuízos econômicos, sociais e jurídicos serão grandes se a categoria parar”, defendeu o presidente da Urbana-PE, Fernando Bandeira. Os empresários acreditam, inclusive, que muitos motoristas vão furar a paralisação por entender que ela não é justa com a sociedade. “E vamos cortar o ponto de quem faltar. Já avisamos”, reforçou o empresário. LEIA A LIMINAR NA ÍNTEGRA: