Publicado em 15/05/2017 às 12:30
Andamos tensos por causa dos assaltos e agora acompanhamos a deterioração a esse nível dos BRTs. É revoltante”, Francisco Reis, usuário frequente do sistemaAgora, em mais um gesto que demonstra a falta de prioridade do governo com a infraestrutura do tão alardeado sistema BRT pernambucano, foram jogadas camadas de barro sobre brita para amenizar os buracos. Barro, brita, você acredita? O pior é que, há dois meses, o blog publicou uma reportagem que mostrava a degradação do pavimento do Norte-Sul. Há um ano, essa mesma abordagem foi mostrada. Dois anos atrás, novamente. E, entre uma e outra reportagem, um paliativo no meio do caminho é a resposta do governo para amenizar a situação. A solução real, de fato, nunca é dada. E assim a vida segue, com a deterioração visível do BRT Norte-Sul.
É muita gambiarra. Fazer um BRT circular sobre barro e brita é um pouco demais. A degradação do sistema precisa ter limite. Os BRTs estão sofrendo uma depreciação precoce porque não há infraestrutura adequada para eles rodarem. Até quando isso continuará?”, Antônio Carlos Silva, passageiro que diariamente usa o sistemaLEIA MAIS Descaso, teu nome é o Corredor de BRT Norte-Sul Corredor Norte-Sul – um BRT novo com cara de velho Corredor Norte-Sul totalmente pronto somente em julho. Leste-Oeste ainda sem previsão. Assim caminha o BRT pernambucano As estações que estão operando parcialmente ficam entre os TIs PE-15 e Pelópidas Silveira. São elas: Aloísio Magalhães, Cidade Tabajara Jupirá e São Salvador do Mundo. Na verdade, o solo abriu nas duas primeiras, mas os BRTs estão queimando as outras duas porque, ao fazerem o desvio saindo do corredor, não têm como retornar para atender as estações subsequentes às que estão com o pavimento destruído. Os passageiros do BRT, já penalizados pelo medo diário dos assaltos, confirmam a degradação. “Andamos tensos e agora acompanhamos a deterioração a esse nível dos BRTs”, reclama Francisco Reis, usuário que quase todos os dias sai do TI Pelópidas Silveira, em Paulista, para o Centro do Recife. Em nota, o governo diz que suspendeu a operação por segurança. Mas foram os operadores que se negaram a colocar os BRTs, que custam R$ 800 mil, no barro. E ainda pede que o passageiro ande para trás para ter acesso ao BRT. Sugere que os usuários que trafegam no sentido Centro-subúrbio desçam nas estações parcialmente interditadas e peguem um BRT no sentido oposto para o TI PE-15 e, de lá, seguirem viagem em outro BRT. O governo ainda dá a opção de o passageiro se contentar a descer e pegar um ônibus convencional nas paradas do corredor, o que significa pagar uma segunda tarifa. Confira a resposta na íntegra da Secretaria das Cidades e do Grande Recife Consórcio de Transporte: “Devido às chuvas da última semana, o Grande Recife Consórcio de Transporte informa que quatro estações de BRT do Corredor Norte-Sul estão operando parcialmente. As estações Aloísio Magalhães, Jupirá, Cidade Tabajara e São Salvador do Mundo, localizadas após o TI PE-15, no sentido cidade-subúrbio estão interditadas em decorrência de buracos abertos na via. O solo abriu em frente de duas estações: Aloísio Magalhães e Cidade Tabajara. Contudo, por questões de segurança, o Grande Recife decidiu interromper a operação, no sentido cidade-subúrbio, das quatro estações já citadas anteriormente.