O resgate do Sistema BRT da Região Metropolitana do Recife, batizado de Via Livre, é uma obrigação moral para o futuro governador de Pernambuco. Oito anos depois, o projeto segue incompleto e custando caro para o passageiro e o Estado.
Nunca alcançou a demanda de passageiros prevista de 300 mil passageiros por dia - são menos de 200 mil - e já caiu no descrédito entre os usuários, que não conseguem distingui-lo de um serviço de ônibus comum. Ao contrário, em algumas áreas da RMR, o sistema comum é melhor do que o de BRT.
“Infelizmente, essa é a realidade. Adorava usar o BRT. Ainda lembro quando o sistema entrou em operação, em 2014, para a Copa do Mundo. Os veículos novos, bem refrigerados e extremamente confortáveis. As estações de embarque e desembarque também. Novas, bem cuidadas e modernas”, relembra o servidor público Marcelo Dantas.
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“Mas tudo isso ficou no passado. Hoje é tudo diferente. Só vemos destruição. O governo do Estado abandonou o BRT. Como cidadão, duvido que o futuro governador consiga resgatá-lo”, lamenta o passageiro, que todos os dias chega ao Recife usando o Corredor Norte-Sul, o mais destruído dos dois em operação, que tem 33 quilômetros e conecta a capital ao município de Igarassu, na área norte da RMR.
CANIBALIZAÇÃO DO BRT
Sem exageros, podemos dizer que o BRT pernambucano está destruído. Que os R$ 300 milhões gastos no passado para implantar o sistema no Grande Recife foram quase desperdiçados. Se já era difícil convencer a população de que o modelo seria algo além do ônibus comum no auge do sistema, em 2014 e 2015, agora é algo impossível.
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A descaracterização do sistema, os arremedos na tentativa de reduzir custos e o abandono das estações destruíram qualquer perspectiva para o usuário. O Norte-Sul, inclusive, está praticamente parado até agora.
CONFIRA a situação de degradação do BRT pernambucano na série A morte do BRT
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