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Por Roberta Soares e equipe
AEROPORTOS

GREVE AEROPORTOS: veja como está a situação dos voos no AEROPORTO INTERNACIONAL DO RECIFE

Paralisação dos pilotos e comissários começou nesta segunda (19/12) e não tem prazo para terminar

Cadastrado por

Roberta Soares

Publicado em 19/12/2022 às 12:34 | Atualizado em 19/12/2022 às 15:39
Promessa é de que a categoria seguiria o "manual de greve", em que mantém 100% dos tripulantes a postos, mas uma parcela deles (de 1% a 2%) vai atrasar alguns voos - BOBBY FABISAK/JC IMAGEM

A greve dos pilotos e comissários brasileiros, que teve início nesta segunda-feira (19/12), sem prazo determinado para terminar, está atrasando voos pelo País. É o resultado do movimento que os profissionais estão realizando, das 6h às 8h, em nove estratégicos aeroportos brasileiros.

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) tinha dito que seriam atrasadas as decolagens de voos de aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza.
Embora o Aeroporto Internacional do Recife não esteja na lista, pelo menos oficialmente, a expectativa é de que possa haver atrasos. Até às 11h desta segunda, entretanto, a situação estava normal.

Você pode conferir a situação dos voos no Aeroporto Internacional do Recife (Guararapes-Gilberto Freyre) AQUI.

GREVE PILOTOS: veja como está a situação nos AEROPORTOS do País

O SNA também prometeu que a categoria seguiria o "manual de greve", em que mantém 100% dos tripulantes a postos, mas uma parcela deles (de 1% a 2%) vai atrasar alguns voos. Nenhum voo seria cancelado e todas as viagens seriam realizadas, ainda que após os horários agendados pelas companhias aéreas - garantiu o sindicato.

Dessa forma, o SNA afirma que vai cumprir a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que, na sexta-feira (16), determinou que 90% dos pilotos e comissários mantenham suas atividades durante o período da paralisação.

A paralisação preocupa porque acontecerá em plena alta temporada, momento em que as viagens aumentam devido às festas de fim de ano, como Natal e Réveillon, e as férias de janeiro. Essa, inclusive, é a estratégia da categoria para fortalecer o as reivindicações.

EFEITO CASCATA

Embora o movimento grevista esteja programado para se concentrar em nove aeroportos, os atrasos previstos poderão provocar um nó na malha aérea em cadeia. Os terminais escolhidos são os maiores e que mais têm conexões aéreas e, consequentemente, um número maior de passageiros.

A Aena Brasil, que administra o Aeroporto Internacional do Recife, não se pronunciou sobre a greve. Mas informou, às 15h30, que não havia registrado impactos relevantes na operação do terminal. E que toda informação sobre possíveis atrasos devem ser consultadas no link de voos. A recomendação aos passageiros, inclusive, é procurem informações sobre os voos antes de ir aos aeroportos.

 

A paralisação preocupa porque acontecerá em plena alta temporada, momento em que as viagens aumentam devido às festas de fim de ano, como Natal e Réveillon, e as férias de janeiro - CHANDAN KHANNA / AFP

REIVINDICAÇÃO É INFLAÇÃO E AUMENTO DE 5%

Apesar do transtorno, é importante destacar que os pilotos não estão fazendo reivindicações alarmantes. Ao contrário. A principal demanda da categoria é a recomposição inflacionária dos salários e o aumento real de 5%. Os aeronautas pedem também a definição de horários de folgas, proibição de alteração das escalas e cumprimento da regra de tempo mínimo em solo entre voos.

O SNEA afirmou, em seu pedido ao TST, que desde a primeira reunião de negociação os aeronautas sinalizaram que não abririam mão do aumento real. "Mesmo as empresas se esforçando ao máximo e apresentando proposta de reajuste de 100% do INPC, diárias nacionais, seguro de vida e vale alimentação, além de conceder outros pleitos sociais dos aeronautas", informou a entidade.

Os aeronautas, por sua vez, argumentam que os altos preços das passagens aéreas aumentaram também os lucros.

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