Trânsito, transportes e mobilidade urbana, com Roberta Soares

Mobilidade

Por Roberta Soares e equipe
TRANSPORTE POR APLICATIVO

GREVE UBER: veja como está a adesão dos motoristas de APLICATIVOS à paralisação

O baixo valor das corridas pago aos motoristas parceiros e aos entregadores, o alto custo com combustível e o percentual descontado pelas plataformas são a causa da manifestação

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Roberta Soares

Publicado em 15/05/2023 às 11:21 | Atualizado em 15/05/2023 às 11:25
Os repórteres do SJCC perceberam que muitos motoristas nem sabiam do movimento ou tinham informações de que seria uma carreta, modelo adotado até agora. Não sabiam que a proposta era desligar os aplicativos por 24h, promovendo um Day Off dos apps
Os repórteres do SJCC perceberam que muitos motoristas nem sabiam do movimento ou tinham informações de que seria uma carreta, modelo adotado até agora. Não sabiam que a proposta era desligar os aplicativos por 24h, promovendo um Day Off dos apps - BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM

A greve dos motoristas e entregadores de aplicativos, como Uber, 99 e Ifood, está tendo uma adesão parcial no País nesta segunda-feira (15/5), quando teve início o movimento de 24h. De forma geral, o passageiro está pagando um pouco mais caro pelas corridas, mas em algumas cidades, como São Paulo, por exemplo, o movimento tem provocado aumento de 50%.

Passageiros que tentam usar os apps também sofrem com cancelamento de corridas e maior tempo de espera em São Paulo. O impacto chegou, por exemplo, ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, com passageiros sendo pegos de surpresa no desembarque.

Em Pernambuco, o impacto foi bem menor. O Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC), por exemplo, solicitou diversas viagens no início da manhã sem dificuldades. Entre 8h e 9h o teste foi repetido, também sem problemas.

E o que os repórteres perceberam é que muitos motoristas nem sabiam do movimento ou tinham informações de que seria uma carreta, modelo adotado até agora. Não sabiam que a proposta era desligar os aplicativos por 24h, promovendo um Day Off dos aplicativos.

DAY OFF DOS APLICATIVOS NO BRASIL

VEJA A REPERCUSSÃO AQUI

O baixo valor das corridas pago aos motoristas parceiros e aos entregadores, o alto custo com combustível e o percentual descontado pelas plataformas são a causa da manifestação, prevista para acontecer em diversas cidades brasileiras onde as plataformas atuam.

A paralisação nacional teve início às 4h da manhã desta segunda e se estenderá até às 4h da manhã da terça-feira (16), quando se encerra o ciclo de 24 horas da contagem de tempo dos aplicativos. Nesse período, a recomendação é que os motoristas e entregadores fiquem em casa, descansando e com suas famílias.

Motoristas e entregadores de aplicativo aderem a paralisação nesta segunda (15) - BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM

A paralisação nacional foi convocada através das redes sociais por influenciadores digitais de todo o Brasil e teve adesão da FEMBRAPP - Federação dos Motoristas por Aplicativo do Brasil. Em Pernambuco a ação está sendo coordenada pela AMAPE - Associação dos Motoristas e Motofretistas por Aplicativos de Pernambuco, que distribuiu adesivos alusivos ao movimento, enviados pelo vereador de São Paulo, Marlon Luz.

PARALISAÇÃO UBER, 99 E IFOOD: protesto de motoristas e entregadores de APLICATIVOS começa às 4h. Entenda como será o movimento

A expectativa, pelo menos para os organizadores, era de grande adesão ao movimento.

No Brasil, segundo dados do IPEA e do IBGE, são quase 2 milhões de profissionais atuando como motoristas parceiros e entregadores de aplicativos. Em Pernambuco, levantamento da AMAPE aponta que são mais de 100 mil motoristas e entregadores atuando.

Em Pernambuco, estavam sendo convocados os profissionais que atuam no Recife, na Região Metropolitana e nas cidades de Vitória de Santo Antão (Zona da Mata Sul), Caruaru, Garanhuns (Agreste), Petrolina (Sertão) e na Praia de Porto de Galinhas (Litoral Sul).

QUAIS AS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS MOTORISTAS DE APP?

O objetivo principal da paralisação é exigir melhores condições de trabalho para os motoristas e entregadores, que frequentemente enfrentam dificuldades para garantir uma remuneração justa.

As principais demandas incluem o aumento da tarifa mínima, a diminuição da comissão cobrada pelas plataformas - que chega a 60% do valor em algumas corridas -, a disponibilização de seguro de vida e saúde, e a melhoria da proteção contra assaltos e violência nas áreas urbanas. Outro ponto é a cobrança de um adicional por cada parada solicitada durante a corrida.

Pesquisa realizada pela Uber, 99, iFood e Zé Delivery mostra quem são e quanto ganha um motorista e entregador de aplicativos - Pixabay

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