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GREVE DO METRÔ: CBTU propõe reajuste a metroviários e greve do METRÔ do RECIFE poderá não ser retomada

A categoria vai realizar uma nova assembleia nesta quinta-feira (10/8) para avaliar a proposta

Cadastrado por

Roberta Soares

Publicado em 10/08/2023 às 13:32 | Atualizado em 10/08/2023 às 17:31
O cumprimento deveria ter começado ainda na terça-feira (15/8). Na decisão liminar, o Tribunal determina o retorno de 100% da frota de trens do metrô nos horários de pico (5h30 às 8h30 e 17h às 20h) - GUGA MATOS/JC IMAGEM

Os metroviários de Pernambuco e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) chegaram ao que pode ser um acordo para evitar a retomada da greve do Metrô do Recife. Em audiência de conciliação realizada durante toda a manhã desta quinta-feira (10/8), mediados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), foi proposto um reajuste de 3,45% no salário dos metroviários.

Além disso, foi proposta a instauração de duas comissões paritárias para discutir sobre o aumento do piso salarial e as cláusulas de garantia de emprego no caso de uma privatização do Metrô do Recife, já que a CBTU segue no Plano Nacional de Desestatização (PND) do governo federal.

Também teria ficado acordado a manutenção da data-base no mês de maio e a compensação dos dias parados.

Segundo o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), a proposta de reajuste de 3,45% será apresentada e votada pela categoria em uma nova assembleia prevista para esta quinta, às 18h, na Estação Recife do metrô, no bairro de São José, Centro da capital.

E, de acordo com o MPT, o Sindmetro-PE tem até 72 horas para se posicionar sobre a proposta.

Audiência de conciliação no MPT que tenta mediar acordo entre CBTU e metroviários - MPT/DIVULGAÇÃO

O percentual proposto pela CBTU, vale destacar, está bem abaixo da última reivindicação da categoria, que era de 7%. Anteriormente, os metroviários chegaram a pedir um aumento de 25% no piso salarial.

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Se a proposta não for aceita, a categoria poderá retomar a greve geral que começou no dia 2/8, depois de duas paralisações de 24h e 48h.

NEGOCIAÇÕES SE ARRASTAM HÁ SEMANAS

Anteriormente, na última segunda-feira (07/08), o MPT e o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6) discutiram a suspensão da greve por 48 horas, para que a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estaduais (Sest) pudesse analisar a proposta, encaminhada pelo MPT.

A proposta incluiu um reajuste salarial de 7% e progressão na carreira até o nível 110. Mas a proposta foi recusada pela Sest, que representa o governo federal.

A paralisação dos metroviários começou na última quarta-feira (02/08). Desde então, ocorreram duas audiências pré-processuais no TRT6 para buscar um acordo.

Metroviários fizeram passeata pelo Centro do Recife em defesa da greve e contra a privatização do Metrô - BETO DLC/JC IMAGEM
Metroviários e CBTU Recife voltaram a sentar mediados, agora, pelo MPT, para tentar acordo. Categoria fez uma passeata pelas ruas do Centro do Recife no dia 4/8 - BETO DLC/JC IMAGEM

No primeiro dia de greve, após a análise da liminar do dissídio coletivo ajuizado pela CBTU, o tribunal decidiu que 60% da frota do metrô deveria ser retomada no Grande Recife nos horários de pico da manhã e noite e 40% no restante do dia.

O descumprimento da determinação prevê o pagamento de multa de R$60 mil por dia. Os metroviários fizeram um acordo com a CBTU para operar com 100% da frota nos picos e fechar todas as 29 estações nos outros horários.

Veja momento em que os METROVIÁRIOS do Grande Recife votam por GREVE na noite do dia 2/8

AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO FOI DE FORMA HÍBRIDA E REUNIU VÁRIAS ENTIDADES

A mediação aconteceu de forma híbrida e contou, ainda, com a participação de representantes do Sindicato dos Ferroviários (SINDFER-NE), da Federação Nacional dos Metroviários (FENAMETRO), do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias do Estado da Paraíba (SINTEFEP), do Sindicato dos Ferroviários do Rio de Janeiro (STEFRJ), do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil (SINDCENTRAL), da Federação Interestadual dos Sindicatos de Engenheiros (FISENGE), do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias do Estado de Alagoas (SINFEAL), além da Federação Interestadual dos Trabalhadores Ferroviários da CUT, na condição de ouvinte.

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