O Sistema de BRT do Rio de Janeiro, que chegou ao fundo do poço com denúncias de irregularidades e vive um processo de renovação, ganhou um reforço financeiro de peso nesta quinta-feira (10/8). E a ajuda veio do governo federal.
Estão sendo investidos quase R$ 2 bilhões, que possibilitarão a compra de 700 veículos, a requalificação do Corredor de BRT Transoeste e a construção de terminais e garagens públicas. Os investimentos foram adquiridos por meio de operações de crédito com o Banco do Brasil, no valor de R$ 1,2 bilhão, e com a Caixa Econômica Federal, de R$ 645,9 milhões.
A assinatura, inclusive, contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve ao seu lado o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e a presidente da Caixa, Maria Rita Serrano.
Somente com a Caixa Econômica Federal (CEF), a prefeitura do Rio de Janeiro assinou contrato de financiamento no valor de R$ 645,9 milhões para a compra de 270 BRTs novos e articulados para o sistema da cidade.
O financiamento, que conta com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), foi realizado pelo Programa de Infraestrutura de Transporte e da Mobilidade Urbana do Ministério do Desenvolvimento Regional, o Pró-Transporte. Os novos veículos devem operar nos corredores BRT Transoeste e Transbrasil, abrangendo as Zonas Oeste e Norte da capital carioca.
A contrapartida da Prefeitura do Rio no contrato com a Caixa é de R$ 41 milhões.
“Em 2016, o sistema BRT tinha 400 ônibus. Em janeiro de 2021, estava com 120. O que está sendo feito aqui hoje é permitir que a prefeitura, com o financiamento do governo federal, resolva esse problema. Para que possamos comprar novos ônibus, recuperar o sistema e devolver a dignidade para a população de toda a cidade, mas especialmente da Zona Oeste”, afirmou Eduardo Paes.
Com os novos BRTs articulados, a expectativa é de que aconteça uma ampliação da demanda de passageiros anuais em 105%. Passaria de 60,4 milhões para 85,2 milhões passageiros por ano já em 2024. Isso considerando os corredores já existentes e 38,5 milhões de passageiros-ano adicionais do corredor TransBrasil, que ainda está sendo finalizado depois de mais de cinco anos com as obras paradas.
Confira a série de reportagens A Morte do BRT A informação oficial é de que os veículos atenderão os padrões do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE) P-7 e P-8, legislação similar à europeia Euro 5 e 6, estando de acordo com as normas internacionais sobre limites de emissão de gases poluentes veiculares.
Segundo o governo federal, a Caixa apresentou as melhores condições de mercado, com prazo de 108 meses, sendo 12 meses de carência e 96 de amortização.
Por meio do BNDES, o governo federal ainda aportará R$ 702,7 milhões no projeto de mobilidade que pretende transformar Campo Grande, o bairro mais populoso do País, com mais de 400 mil habitantes e 10 mil hectares. Com a contrapartida da Prefeitura do Rio, o valor chegará a R$ 843 milhões.
O programa Pró-Transporte é operado com recursos do FGTS e financia, seja no setor público ou no privado, a implantação de sistemas de infraestrutura de transporte, priorizando os meios de transporte público coletivos e os não motorizados. Rio de Janeiro vai substituir BRTs por VLTs. É a VLTzação de um sistema em crise no Brasil
Os dois lados da VLTzação dos BRTs proposta pelo Rio de Janeiro. O Brasil vai copiar?
A informação oficial é de que os veículos atenderão os padrões do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) P-7 e P-8, legislação similar à europeia Euro 5 e 6, estando de acordo com as normas internacionais sobre limites de emissão de gases poluentes veiculares.
EXPECTATIVA DE AUMENTO DA DEMANDA DO BRT
Ao todo, segundo informações do governo federal repassados pela Prefeitura do Rio, serão 123,7 milhões de passageiros por ano beneficiados com a nova frota de BRTs.
MAIS RECURSOS, AGORA VIA BNDES
ENTENDA O PRÓ-TRANSPORTE:
ENTENDA o processo de mudança pela qual passa o BRT do Rio de Janeiro: