Quem conhece bem a governadora de Pernambuco Raquel Lyra (PSDB) diz ser peculiar a gestora passar o primeiro ano “arrumando a casa” e traçando as estratégias e metas financeiras para os anos seguintes de governo. Por isso, aos pernambucanos só resta acreditar fielmente nessa análise. Especialmente aqueles que sentem na pele os efeitos da imobilidade urbana sob todos os aspectos.
Isso porque o primeiro ano da gestão Raquel Lyra à frente do governo do Estado avançou muito pouco no tema. Infelizmente. Especialmente no transporte público da Região Metropolitana do Recife e também do interior. Na infraestrutura, o cenário foi melhor.
TRANSPORTE PÚBLICO SEM AVANÇOS
Embora não tenha dado aumento das passagens para o Grande Recife no início do ano - o sistema intermunicipal teve reajuste de 7,24% em julho -, o Estado cortou serviço e não avançou em projetos importantes do setor, como a licitação do restante das linhas de ônibus e o controle financeiro do sistema.
A recuperação do Metrô do Recife, que embora seja um sistema sob gestão federal, foi promessa da governadora por ser fundamental para o transporte público da RMR, também não aconteceu. Ao contrário, o sistema só definhou em 2023.
INFRAESTRUTURA TEVE DESEMPENHO POSITIVO
Na área de infraestrutura, a gestão se saiu melhor, é importante destacar, conseguindo destravar obras e projetos rodoviários atrasados, muitos deles graças à habilidade pessoal da governadora de fazer parcerias com o governo federal. É o caso da recuperação da BR-232, da retomada da BR-104, do primeiro trecho do Arco Metropolitano e de obras como a PE-15, a PE-17 (Estrada da Muribeca) e o alargamento da BR-232 na saída do Recife.
Em três reportagens, o JC aborda os desafios e o que melhorou na mobilidade urbana do Estado nesse primeiro ano de governo Raquel Lyra. Confira!