Como é mesmo aquele ditado popular? “Em time que está ganhando não se mexe!” Não é?
O diretor do site administradores.com, Dirceu, rebate o adágio popular. Ele diz que no mundo do futebol vale como máxima, mas nos negócios não. “Na esfera empresarial não é aceitável esperar para fazer mudanças. ‘Não espere começar a perder para mexer no time’, ou seja, ‘Em time que está ganhando se mexe sim, para continuar ganhando. É necessário mexer para melhorar.’”.
Será que o presidente Jair Bolsonaro levou em conta esses pontos de vista tanto o popular, do mundo esportivo, como os argumentos de especialistas que dizem que mesmo vencendo é preciso mexer no time?
Essa pequena introdução foi para começar a analisar os motivos que levaram o presidente a emparedar o ministro da Justiça.
No encontro que tiveram nesta quinta-feira (23), Bolsonaro disse ao ministro da Justiça que pretende trocar o comando da Polícia Federal, hoje chefiada pelo delegado Maurício Valeixo, homem de confiança de Moro. Na manhã desta sexta-feira (24), a exoneração do diretor-geral foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Quando o então juiz foi apresentado ao candidato eleito, Moro impôs condições e uma delas foi de que o presidente não interferiria nas investigações da Polícia Federal.
Hoje a PF está muito próximo da família do presidente, nas investigações que faz sobre disseminação de “fake news”, e Bolsonaro acredita que trocando os investigadores eles poderão amenizar a barra para o lado dos meninos traquinos que espalham notícias faltas.
Até agora, Sergio Moro tem resistido. Resta saber até quando. E mais ainda. O Brasil todo sabe que a Polícia Federal tem uma história de investigações isentas e muita gente acredita que o argumento de que mesmo trocando o comando os investigadores vão seguir o caminho constitucional de investigar doa em quem doer.
Pense nisso