Na próxima semana completam-se cinco anos de uma solenidade na Universidade de Turim (Itália), quando o filósofo Umberto Eco (1932-2016) estava recebendo o título de doutor “honoris causa” em Comunicação e Cultura e dividiu a academia ao meio quando no discurso — ora de improviso ora lendo anotações aleatórias. O autor de O Nome da Rosa disse que “as mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade”.
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Passado esse tempo, e hoje certamente a mesma academia italiana teria motivos de sobra para chegar à conclusão de que a metade da plateia que divergiu do escritor hoje aplaudiria de pé aquele profético comentário.
Nos dias atuais, a gente percebe que os imbecis estão pautando debates, orientando governos, ameaçando instituições centenárias. Indo um pouco além do que preconizou o autor Umberto Eco, os imbecis das redes sociais estão entrincheirando a verdade, destruindo reputações.
Eles formam opiniões, deformam conceitos, espalham valores e semeiam o ódio. São esses militantes sem CPF, sem rosto, sem identidade que colocam um assunto, um comentário no “trending topic” ou tópico em tendência. Esses imbecis estão virando tendência.
Pense nisso!
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