O Brasil é mesmo uma farra, comandado por dirigentes pebas, gente cafona que nada ou quase nada faz para resgatar a liturgia do cargo.
Escute só o que aconteceu em Brasília. Na semana passada, o jurista Luiz Fux tornou-se o 49º presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), mas pela festa que fez, mas parecia convenção partidária no interior de Pernambuco.
Pois mesmo com a pandemia do coronavírus, que já infectou mais de 4,4 milhões e que causou a morte de mais de 134 mil brasileiros, ainda assim, Fux fez questão que a solenidade de posse contasse com a presença das autoridades do Poderes Executivo, do Legislativo, do Judiciário e do Ministério Público além de parentes e aderentes do novo chefe do STF.
Como se não bastasse essa aglomeração, dois dias depois da posse, Luiz Fux marcou presença no animado casamento da advogada Anna Carolina Noronha, filha do ministro João Otávio Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), regabofe que também reuniu a nata do Judiciário.
O resultado de tudo isso é que além do ministro Fux estão infectados com o coronavírus a ministra Maria Cristina Peduzzi, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST); os ministros do STJ Luís Felipe Salomão e Antonio Saldanha; e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Todo esse saldo de infectados poderia ter sido evitado se a posse do ministro Luiz Fux fosse realizada numa sessão remota, como todo mundo em casa, sem aglomerações, assim como são as sessões na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, nos Tribunais Superiores.
As autoridades brasileiras lembram Jeca Tatu, personagem criada pelo escritor paulista Monteiro Lobato (1882 — 1948) “Pobre Jeca tatu! Como és bonito no romance e feio na realidade", dizia Lobato.
Pense nisso!