Com atrasos nos resultados, o TSE quase colocou em risco a credibilidade da urna eletrônica

Um supercomputador foi adquirido para a apuração, demorou a chegar, quando chegou houve problemas de fazê-lo funcionar e atrasou os resultados das eleições
JC
Publicado em 17/11/2020 às 7:16
Imagem de urna eletrônica Foto: JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL


Afobação!

Ouvindo as explicações do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luis Roberto Barroso, para os problemas que a Justiça Eleitoral apresentou na totalização dos votos nas eleições do último domingo (15), houve um princípio de afobação misturada com descuido.

Quando o TSE tomou a decisão de centralizar em Brasília os dados da apuração, não faltaram juízes e especialistas que recomendassem calma, nessa hora.

Um supercomputador foi adquirido, demorou a chegar, quando chegou houve problemas de fazê-lo funcionar, o calendário correndo, e tudo isso me fez lembrar Caetano Veloso, quando diz “E te ofereço elogios, tempo, nas rimas do meu estilo”, afinal, completa o compositor baiano, “És um dos deuses mais lindos”. O agravante é que o tempo corre, ou como dizia a propaganda da caderneta de poupança Bamerindus: “O tempo passa, o tempo voa”.

E voou para as eleições, houve pouco tempo para treinamento, o computador que já estava no Brasil não “conversava” com o novato, não houve tempo para testes e quase que o tribunal colocou em risco a credibilidade da urna eletrônica, mesmo que um equipamento não tenha nada a ver com o outro.

Como escreveu o professor Silvio Meira “é de deixar incrédulo qualquer profissional de software, hardware, tecnologias de informação em geral… porque o histórico de eficiência do sistema eleitoral brasileiro é muito grande, quase perfeito, apesar de outras críticas que se possa fazer ao processo eleitoral como um todo”.

Pense nisso!

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