O psicanalista italiano, radicado no Brasil, Contardo Calligaris (1948 — 2021) escreveu certa vez, no jornal Folha de São Paulo, que às vezes “podemos ter visões e convicções diferentes, mas as diferenças tornam as discussões mais proveitosas. Devemos aproveitar as discordâncias”.
E por que eu trouxe à memória, o escritor morto ontem? Para dar um chacoalhada nas instituições da República, no Congresso Nacional, no Poder Judiciário. Os dias são tenebrosos e apesar da necessidade do respeito às divergências, quando o tema é violação de direitos, quando o assunto é atropelar a Constituição Federal, é preciso a união de todos os setores ajuizados, por assim dizer.
Sim, porque há um grupo que faz o caminho de volta daquele percorrido por Diógenes de Sinope (404a.C. — 323a.C.) cuja obra é ilustrada segurando uma lamparina, como quem procura um homem que tivesse encontrado a sua verdadeira natureza.
Eu sei que o país está cansado de notas de repúdio. É verdade que a sociedade busca respostas para o apagão ético, estético, moral, que domina a esfera de poder. Mas que neste 31 de março o Brasil esteja alerta para não dar espaço a aventuras que no passado, violaram direitos, excluíram garantias. Destruíram sonhos!
Pense nisso!