OPINIÃO

Enquanto o país registrava mais de 411 mil mortes por covid-19, deputada bolsonarista fazia graça nas redes sociais

Sem máscara, acompanhada de dois assessores, a Alê Silva (PSL-MG) postou na internet, um video que tinha gravado na semana passada, quando ela foi ao salão principal da Câmara dos Deputados e filmou o vexame. Leia a opinião de Romoaldo de Souza

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Romoaldo de Souza

Publicado em 05/05/2021 às 8:40
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Era noite de 23 de março de 2006, o Plenário da Câmara votava um pedido de cassação do deputado João Magno (PT-MG). Ele era acusado de ter recebido R$ 426 mil do esquema de corrupção montado pelo governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva, conhecido como “mensalão do PT”.

Por maioria, João Magno foi absolvido, mas o que marcou aquela noite de julgamento foram os passinhos desajeitados da então deputada Angela Guadagnin (PT-SP). A “Dancinha da Pizza”, aquele episódio grotesco, marcou a população paulista e nunca mais Angela Guadagnin conseguiu se eleger nem como vereadora em São José dos Campos (SP).

Nesta semana, enquanto o país registrava que mais 411 mil brasileiros perderam a vida, a deputada Alê Silva (PSL-MG) ganhava notoriedade nas redes sociais, com a “Dança do Carpinteiro.” Sem máscara, acompanhada de dois assessores, a deputada bolsonarista postou na internet, um video que tinha gravado na semana passada, quando ela foi ao salão principal da Câmara dos Deputados e filmou o vexame.

A parlamentar mineira alegou que era um momento de descontração e que o “riso ainda é o melhor remédio para as dores da alma. Só de ter feito alguém sorrir já me senti compensada”. Se como bailarina Alê Silva é um desastre nos passinhos de dança, quem sabe o futuro dela não seja o mesmo que o da desajeitada deputada do PT de São Paulo. Os ostracismo.

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