Seu Zé da Carroça era um folclórico morador do interior de Minas Gerais, desses que sabe da vida de todo mundo e mantinha sempre a língua afiada quando o assunto era “descer a lenha” na classe política. “É o que eu mais gosto porque eles pensam que nosso dinheiro é capim e saem gastando desembestadamente”, dizia.
Pois as últimas prestações de contas dos parlamentares e de partidos políticos mostraram absurdos de gastos que fazem lembrar Seu Zé da Carroça: “Nosso dinheiro não é capim…”.
O PT sabe bem do que estou falando, porque a legenda pegou dinheiro do fundo partidário e torrou mais de R$ 400 mil reais para deslocamentos do ex-presidente Lula, nos últimos meses. O fundo partidário é dinheiro tirado do bolso do cidadão que paga imposto e serve para sustentar as benesses nababescas de todas as legendas.
Mais modesto nos gastos, o senador Esperidião Amin (PP-SC) alugou um avião para ir de Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina, até a capital do Estado, Florianópolis. O custo dessa brincadeira: R$ 16,5 mil. E sabe quem pagou a conta? O Senado Federal, que por sua vez, joga no lombo do contribuinte.
Porque no Brasil atual faltam recursos para programas sociais, as pesquisas científicas estão paralisadas, os estudos sobre qualidade de vida e preservação do meio ambiente estão estagnados, mas os partidos, os partidos políticos, todos eles não abrem mão de torrar o seu, o meu, o dinheiro de Seu Zé da Carroça, sem nenhuma cerimônia.
Por que Lula não faz campanha eleitoral andando de avião de carreira? Por que um senador da República precisa fretar um avião para fazer um deslocamento dentro do próprio estado? Ora, porque o dinheiro não é deles. O dinheiro é do suado esforço de quem paga imposto nesse país.
Pense nisso!