Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado por agentes da Polícia Rodoviária Federal dentro da viatura policial em Sergipe, é o retrato de um país onde os direitos humanos estão longe de serem um valor universal. Quando muito, o que se fala é que só servem para defender bandido.
Imagine a situação: os policiais param um veículo de luxo, arrancam de dentro o proprietário, colocam na masmorra improvisada, abrem o gás, e o resultado todos sabemos. Qual seria a reação da sociedade?
Então parece que é chegada a hora dessa mesma sociedade, o Congresso Nacional, o Ministério Público, integrantes dos movimentos sociais darem as mãos para cobrar apuração rigorosa.
Dois anos atrás, nessa mesma época, um policial americano sufocou até a morte George Floyd; a revolta foi generalizada e as autoridades se empenharam pela agilidade no processo de investigação.
No Brasil, Genivaldo foi jogado no porta-malas da viatura e o que se viu foram isolados protestos nas redes sociais. Enquanto essa indignação não passar do virtual para o real; enquanto não ganhar as ruas, outros "Genivaldo de Jesus Santos" correm o risco de engrossarem as estatísticas de um país violento.
Pense nisso!