Crise nos presídios de Pernambuco expõe, novamente, falta de controle do Estado. Foto: JC Imagem/Arquivo
Não é por falta de alerta, nem desconhecimento sobre como resolver o problema. Os presídios voltam a ser alvos de uma crise na segurança pública nunca vista nos últimos dez anos em Pernambuco. Nesta segunda-feira (26), uma tentativa de fuga no Presídio Frei Damião de Bozzano, no Complexo Prisional do Curado, deixou pelo menos dois agentes penitenciários feridos, além de vários detentos. Até morte foi registrada. No fim de semana, uma fuga em massa foi registrada em Agrestina. De novo.
Com investimentos desproporcionais em relação à população carcerária, como construção de presídios e contratação de agentes penitenciários, é impossível vencer a guerra. Agentes relataram ao blog que, desde janeiro deste ano, vêm alertando o Governo do Estado sobre os riscos de fuga dos detentos do Presídio Frei Damião de Bozzano - que abriga alguns dos presos mais perigosos do Estado. Um relatório, inclusive, foi entregue para análise e providências da Superintendência da Secretaria de Ressocialização. Mesmo assim, nada teria sido feito para evitar o caos. Sequer havia reforço na segurança da unidade.
A conclusão que se chega, diante desse novo episódio, é que o Estado permanece alheio e não cumpre o papel de assumir o domínio dos presídios. A situação continua fora do controle. Até quando?
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