'Sozinhos não vamos conseguir avançar', afirma secretário sobre combate à violência

Publicado em 28/07/2017 às 7:45
Reunião dos deputados com o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antônio de Pádua, será nesta terça-feira (1º) às 11h Foto: DIEGO NIGRO/JC IMAGEM


Antônio de Pádua cobrou ajuda dos municípios para reduzir a violência. Foto: Diego Nigro/JC Imagem O secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, cobrou dos prefeitos das cidades pernambucanas maior integração com o Estado para combater a violência. Ogestor afirmou que o gabinete dele está aberto para receber todos os líderes para discutir ações que contribuam para a criminalidade. A preocupação de Pádua não é para menos: Pernambuco registrou recorde de homicídios no último semestre (clique ao lado e veja a lista das cidades mais violentas). “Sozinhos não vamos conseguir avançar, por isso a participação dos municípios e da União é imprescindível no enfrentamento à violência. Deixo aberto meu gabinete para dialogar e encontrar soluções que sejam viáveis para cada município”, afirmou Antônio de Pádua, em palestra no 4º Congresso Pernambucano de Municípios, nesta semana. A discussão sobre a responsabilidade dos municípios é antiga, mas pouco se avançou em relação ao assunto. Em 2011, período em que o programa Pacto pela Vida ainda conseguia reduzir a violência no Estado, o então secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, convocou prefeitos para uma reunião. O assunto era o mesmo: formas de as prefeituras contribuírem para barrar o avanço da criminalidade. Na época, poucos prefeitos estiveram presentes no encontro e, sem investimento, o resultado se traduziu nos números atuais. Segundo a SDS, no âmbito dos municípios,algumas ações podem ajudar no trabalho da segurança pública: a guarda municipal pode identificar pontos vulneráveis à violência, a instalação de câmeras de videomonitoramento, o disciplinamento territorial para evitar a favelização, a qual dificulta o acesso da polícia a indivíduos envolvidos com crimes, o investimento em iluminação pública e a inibição da perturbação do sossego. RECIFE Em 2013, ao assumir a Prefeitura do Recife, Geraldo Julio criou a Secretaria de Segurança Urbana. Foi um avanço, mas, na prática, poucas ações deram resultado. A iluminação pública ainda é bastante precária, principalmente nas regiões periféricas, onde há maior número de homicídios. A Guarda Municipal também teve pouco investimento na primeira gestão do prefeito. Não à toa, a violência na capital cresceu consideravelmente nos últimos três anos. A única exceção é o Centro Comunitário de Paz (Compaz) de Casa Amarela - equipamento grandioso que tem contribuído não só para tirar crianças e adolescentes da situação de vulnerabilidade, como também dado oportunidade para jovens e adultos com atividades esportivas e culturais. Apesar disso, a promessa era de construir cinco unidades ainda na primeira gestão, mas só uma foi inaugurada. Leia Também Universitária desenvolve ações criativas para combater violência na Zona Norte do Recife Crise na segurança: ‘O Pacto pela Vida ruiu’, afirma juiz aposentado Caso Beatriz: mãe de menina morta em Petrolina faz apelo ao Papa Francisco Por causa da violência, Uber deixa de circular em alguns locais do Recife        
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