Beatriz foi morta com 42 facadas em colégio particular de Petrolina. Crime continua sob mistério. Foto: Arquivo Pessoal
Familiares e amigos da
menina Beatriz Mota, de 7 anos, assassinada a facadas em um colégio particular em Petrolina, no Sertão pernambucano, fazem uma nova mobilização nesta quinta-feira (10). O caso completa um ano e oito meses sem solução. Apesar dos esforços da Polícia Civil - com troca de delegados - e da força-tarefa do Ministério Público, os culpados pelo crime bárbaro ainda não foram identificados e punidos.
A mobilização para cobrar respostas dos investigadores acontecerá em frente à sede do Ministério Público localizada no Centro de Petrolina. Eles vão, mais uma vez, pedir o Estado maior divulgação da imagem de um suspeito que pode ter entrado na instituição de ensino e assassinado Beatriz. Ele é o principal suspeito, segundo a polícia, porque é a única pessoa que não tem identificação e não foi reconhecido por ninguém que estava na festa de formatura no momento em que a menina foi morta.
A
imagem dele foi divulgada pela polícia pela primeira vez em março deste ano. Desde então, vários possíveis suspeitos foram denunciados pela população e foram encaminhados para exames de DNA. Mas até hoje nenhum deles foi considerado o assassino.
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INVESTIGAÇÕES
Imagem do suspeito de assassinar Beatriz Mota, de 7 anos, dentro de colégio. Foto: Reprodução/Polícia Civil
O caso está sendo investigado pela delegada Gleide Ângelo, com apoio do delegado Alfredo Jorge. Em maio, os pais de Beatriz e a delegada participaram de uma reunião na Assembleia Legislativa de Pernambuco para pedir apoio para a divulgação nacional da imagem do suspeito. Câmeras registraram a movimentação dele nas proximidades do colégio, onde acontecia a festa de formatura e a menina era uma das presentes. As imagens também mostram o momento em que o suspeito coloca um objeto, possivelmente uma faca, dentro da calça e segue até a instituição.
Segundo as investigações da polícia, com base no depoimento de testemunhas, o suspeito teria tentado se aproximar de outras duas crianças antes de chegar até Beatriz. A motivação do crime e se há um mentor ainda são incógnitas para os investigadores.
As imagens apresentadas pela SDS foram possíveis graças ao trabalho dos peritos criminais envolvidos no caso. Há meses as imagens já vinham sendo analisadas e, em setembro do ano passado, uma empresa particular, especializada, foi contratada pelo Governo do Estado para dar mais nitidez às imagens que podem revelar o verdadeiro autor desse crime bárbaro.
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