A polícia pernambucana investigou 21 médicos suspeitos de crimes de estupro, no exercício da profissão, entre os anos de 2007 e 2017. Do total de casos, seis foram registrados no Recife. Os números são da Secretaria de Defesa Social (SDS).
O mais recente caso, que ainda não está incluído na estatística acima, é o do médico ortopedista e traumatologista Kid Nélio Souza de Melo, de 35 anos, preso no último dia 02. Ele é suspeito de estuprar pacientes durante atendimento na Unidade de de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, e em hospitais particulares. A Polícia Civil ainda não concluiu esse inquérito.
Dos 21 médicos investigados por estupro, três foram considerados como suspeitos pela polícia. Os outros profissionais foram apontados como autores do crime.
Outro dado que chama a atenção é que, do total de médicos, quatro foram investigados por estupro de vulnerável (quando as vítimas são menores de 14 anos ou, por qualquer outra causa, eram pessoas que não podiam oferecer resistência).
Somente no ano passado, três médicos foram denunciados à polícia por abuso sexual. Um dos casos ocorreu em fevereiro, no município de Calumbi, no Sertão do Estado. Os outros dois foram na Região Metropolitana do Recife: um em Olinda e outro em Jaboatão dos Guararapes.
De acordo com a SDS, oito médicos também foram investigados por assédio sexual (quando as vítimas, geralmente, são colegas de trabalho e estão em posição hierárquica inferior). Os casos foram registrados entre os anos de 2010 e 2017. O mais recente foi investigado na cidade de Caruaru, no Agreste do Estado, em maio de 2017. O levantamento foi feito com base na Lei de Acesso à Informação (LAI).
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