O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) acaba de disponibilizar orientações globais para proteger crianças e escolas durante a epidemia do novo coronavírus. O material inclui ações práticas e listas de verificação para gestores, professores, pais e crianças. O documento foi elaborado pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC), o Unicef e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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O material fornece orientações cruciais e uma lista de itens que devem ser verificados para manter as escolas seguras. Também aconselha as autoridades nacionais e locais sobre como criar e implementar planos de emergência para manter as instalações educacionais seguras.
Faça o download do material do Unicef aqui: http://bit.ly/covid-19_escolas
Onde as escolas permanecem abertas, e para garantir que as crianças e suas famílias permaneçam protegidas e informadas, o documento solicita:
- O fornecimento de informações às crianças sobre como elas devem se proteger
- A promoção de melhores práticas de lavagem das mãos e higiene e o fornecimento de suprimentos de higiene
- A limpeza e desinfecção de edifícios escolares, especialmente instalações de água e saneamento
- O aumento do fluxo de ar e ventilação
A nova orientação do Unicef também oferece dicas e listas de verificação úteis para pais e responsáveis, bem como para crianças e estudantes. Essas ações incluem:
- Monitorar a saúde das crianças e mantê-las em casa, se estiverem doentes
- Incentivar as crianças que façam perguntas e expressem suas preocupações
- Tossir ou espirrar em um lenço de papel ou na dobra do cotovelo e evitar tocar rosto, olhos, boca e nariz
Confira a lista de verificação para a família:
1. Monitore a saúde de crianças e adolescentes e, caso estejam doentes, não os leve à escola
2. Crie e ensine boas práticas de higiene:
Lave as mãos com sabão e água limpa frequentemente. Se água e sabão não estiverem disponíveis, use desinfetantes a base de álcool de no mínimo 60%;
Sempre lave as mãos com água e sabão quando estiverem visivelmente sujas;
Certifique-se de que o lixo seja coletado, guardado e retirado de forma segura;
Em casa, certifique-se de que haja água potável disponível e que os banheiros estejam limpos e disponíveis;
Tussa e espirre em lenços de papel ou em seu cotovelo flexionado e evite tocar seu rosto, seus olhos, sua boca e seu nariz
3. Estimule as crianças e os adolescentes a perguntar e expressar seus sentimentos a você e aos professores. Lembre-se que a criança ou adolescente pode reagir de maneiras diferentes ao estresse. Seja paciente e compreensivo
4. Evite criar estigmas ao mencionar fatos, lembrando que os colegas devem respeitar uns aos outros
5. Coordene com a escola para receber informações e pergunte como você pode apoiar os esforços de segurança da escola (por meio de grupos de pais, mães e professores, por exemplo)
A educação pode incentivar estudantes a que se tornem defensores da prevenção e do controle de doenças em casa, na escola e na comunidade, conversando com outras pessoas sobre como evitar a propagação de vírus.
Manter operações escolares seguras ou reabrir escolas após o fechamento exige muitas considerações, mas, quando bem feitas, podem promover a saúde pública. Por exemplo, as diretrizes escolares seguras implementadas na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa, durante o surto de ebola de 2014 a 2016, ajudaram a impedir a transmissão escolar do vírus.
O Unicef incentiva ainda os sistemas educacionais - estejam as escolas abertas ou atuando de forma remota - a que forneçam aos alunos um apoio integral. Além de explicar às crianças como proteger a si mesmas e suas famílias, é preciso facilitar o apoio à saúde mental e ajudar a prevenir o estigma e a discriminação, incentivando estudantes para que sejam gentis uns com os outros e evitem estereótipos ao falar sobre o vírus.