O Ministério da Saúde anunciou, durante a coletiva de imprensa desta quarta-feira (25), a prescrição da cloroquina para casos graves de covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. A declaração foi feita pelo ministro Luiz Henrique Mandetta. Também foi divulgado um protocolo para o uso da medicação, nos casos da infecção pelo novo coronavírus, no Brasil.
O medicamento pode ser usado como terapia adjuvante apenas nas formas graves de covid-19 e em ambiente hospitalar, aliado a outras medidas de suporte. Segundo o Ministério da Saúde, 14% dos pacientes evoluem para casos graves e 5% considerados críticos.
A indicação da cloroquina considera que não existe outro tratamento específico eficaz disponível até o momento contra o novo coronavírus. O ministro ainda alertou que a medicação não é indicada para tratamento de casos leves de covid-19 nem de forma preventiva, em pessoas saudáveis.
O medicamento cloroquina, usado há mais de 70 anos para tratar malária, possui ação antiviral in vitro contra o novo coronavírus. Há indicação de melhora dos quadros graves de covid-19. Mas ainda é preciso evidências clínicas mais robustas sobre esse benefício. A única evidência mostra aparente redução da carga de vírus em secreções respiratórias.
Atualmente, cloroquina e hidroxicloroquina são prescritos para doenças reumáticas, como lúpus eritematoso sistêmico e discoide, artrite reumatoide, osteoartrite, artrite pós-chicungunha e síndrome de Sjogren.