Pernambuco superou a triste marca de mais de 3 mil pessoas que perderam a vida por conta da covid-19. De acordo com boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), nesta quarta-feira (3), foram confirmados 955 novos casos de pessoas infectadas pelo coronavírus e 79 novas mortes em decorrência da doença. Agora, Pernambuco totaliza 36.463 casos de coronavírus desde o início da pandemia, com 3.012 vítimas.
Entre os confirmados nesta quarta, 252 se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e 703 como leves. Já com relação ao total de casos, 15.049 são graves e 21.414 leves. Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela SES-PE.
Até essa terça-feira (2) dez bebês em Pernambuco morreram em decorrência da covid-19. O último caso a ser divulgado pela SES-PE foi de um bebê de apenas cinco meses, residente em Água Belas, município do Agreste do Estado, que não resistiu às complicações decorrentes da covid-19 e morreu no último dia 31 de maio. Ele foi uma das 18 crianças menores de 10 anos no Estado que foram a óbito devido à infecção pelo novo coronavírus. Desse total, dez foram bebês com menos de 1 ano de idade, segundo informou a SES-PE.
No dia 17 maio, o boletim epidemiológico também registrou a morte de um bebê de 2 meses devido ao agravamento da covid-19. Antes disso, no dia 14 daquele mesmo mês, a SES-PE confirmou o óbito de um menino de 7 meses, residente de Recife, que tinha o diagnóstico de leucemia. No dia 12, o boletim trouxe a confirmação do caso de uma menina recém-nascida, que também perdeu a vida para a doença.
Em abril, dia 13, foi também a óbito, devido ao agravamento da covid-19, um bebê de 7 meses, com síndrome de Down, hipertensão pulmonar e cardiopatia congênita.
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Além desses casos, chamam a atenção dos especialistas, entre as dez mortes pelo coronavírus abaixo de 1 ano de idade, dois registros de natimortos (um no Recife e outro em Pesquisa, Agreste do Estado) que tiveram diagnóstico positivo para a infecção. São situações que jogam luz para uma questão que tem sido estudada em todo mundo: a possibilidade da transmissão da covid-19 para o bebê durante a gestação ou o parto. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou, na último semana, documento que ratifica: até o momento, não há comprovação irrefutável de transmissão vertical (da mãe doente para o bebê) durante a gestação ou pela amamentação.
Os casos de óbito em crianças por covid-19, especialmente aquelas que não chegaram a completar o primeiro ano de vida, intrigam os especialistas, que acompanhavam relatos de pouca agressividade do novo coronavírus nessa faixa etária quando a China despontou com as primeiras ocorrências da infecção, ainda em janeiro. À medida em que a epidemia se expandiu para outros países, os casos em crianças e adolescentes começaram a aparecer – alguns, inclusive, numa forma mais grave, especialmente na presença de doenças preexistentes.