Nas últimas 24 horas, Pernambuco registrou mais 432 casos do novo coronavírus, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). Em boletim divulgado na manhã desta terça-feira (4), o órgão também confirmou 48 mortes ocasionadas pela doença. Ao todo, o Estado contabiliza, desde o início da pandemia, 98.833 casos confirmados, além de 6.717 mortes pela covid-19.
De acordo com a SES-PE, dos 432 casos confirmados nesta terça, 59 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 373 são de pacientes que não demandaram internamento hospitalar, já estão curados ou na fase final da doença. Do total de casos em Pernambuco até o momento, 23.871 foram considerados graves e 74.962 foram leves.
Já em relação aos óbitos, 17 ocorreram nos últimos três dias, sendo duas mortes registradas nessa segunda-feira (3), quatro no domingo (2) e 11 no sábado (1º). Os outros 31 óbitos aconteceram entre os dias 24 de maio e 31 de julho. Os detalhes epidemiológicos serão repassados pela SES-PE ao longo do dia.
Com 110 mil máscaras distribuídas nas últimas semanas, o Recife vai ampliar o número de doações nas estações itinerantes e nas visitas a domicílio. O anúncio foi feito pelo prefeito Geraldo Julio, na manhã desta terça-feira (4), em pronunciamento à imprensa. Segundo o gestor, devido ao aumento na quantidade de entregas realizadas pelos costureiros, será possível distribuir 40 mil máscaras por semana na capital pernambucana, focando na população de baixa renda e nas pessoas pertencentes ao grupo de risco para a covid-19.
"A gente ainda tem visto nos bairros muitas pessoas sem usar máscaras, e uma parte delas é porque não teve condições de comprar a máscara para toda família. Nesta etapa da pandemia, a prevenção é fundamental e a máscara é o item número um", disse o prefeito durante o pronunciamento. Agentes comunitários e profissionais de saúde da família do Recife começaram a visitar, nessa segunda-feira (3), casas de pessoas que se encontram no grupo de risco da covid-19.
Os primeiros moradores visitados residem no bairro de San Martin, na Zona Oeste do Recife. Até o fim do mês todos os moradores do Distrito Sanitário 5 (bairros no meio da matéria) serão atendidos.
Desde que a pandemia do coronavírus começou, o transporte público coletivo vem sendo apontado mundialmente como um dos principais vetores de contaminação para a população. Mas um levantamento realizado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) desconstrói essa percepção. Tendo como base as informações do Projeto D.A.D.O. da Prefeitura do Recife, o material constata que, enquanto a quantidade de pessoas utilizando o transporte público aumentava na Região Metropolitana do Recife durante as últimas semanas epidemiológicas (do dia 24 de maio até o dia 31 de julho), o número de óbitos e casos do coronavírus tinha redução na capital.
A análise sobre o aumento de passageiros e os óbitos por Covid-19 é a que mais chama atenção. Comparando os óbitos e a demanda da 22ª semana epidemiológica com a 28ª semana, por exemplo, é verificado um acréscimo de 62% da demanda diante do decréscimo de 83% dos óbitos. A partir do fim do lockdown, na 22ª semana (de 24 a 30 de maio) é que essa diferença começa a ser percebida. E se acentua ainda mais a partir da retomada das atividades econômicas, como a abertura do comércio de rua na 25ª semana epidemiológica (de 14 a 20 de junho). Nessa mesma semana, enquanto o transporte coletivo da RMR transportava 2,6 milhões no período, a capital registrava 64 óbitos - 44 a menos do que na semana anterior.
O País criou 19,8 mil leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para tratamento da covid-19 durante a pandemia, um salto de cerca de 45% em relação às 45,4 mil unidades que funcionavam antes da doença. Segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina, no entanto, o aumento se deu de forma desigual na rede privada e no Sistema Único de Saúde (SUS).
Até fevereiro as unidades eram divididas praticamente da mesma forma entre a rede do SUS e a estrutura privada e suplementar, que atende 22% da população. Cerca de 44% dessas UTIs exclusivas para covid-19 foram criadas na rede pública (8.764) e as demais estão vinculadas ao setor privado e suplementar (11.061).