A Central de Distribuição da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) passou por uma inspeção nesta sexta-feira (16) realizada por auditores da área de saúde do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE). A visita ocorreu após relatos de profissionais de saúde sobre a falta de medicamentos para sedar e intubar pacientes internados com suspeita ou confirmação da covid-19.
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O TCE-PE relatou que, durante a inspeção, foram verificados os estoques dos principais itens que compõem "o arsenal de opções para a adequada sedação dos pacientes nas unidades de terapia intensiva". Os auditores também analisaram procedimentos com fins de verificação da gestão patrimonial objetivando a racionalização do uso dos sedativos e analgésicos.
Os técnicos não informaram se a situação está regular ou irregular, pois a equipe técnica irá elaborar um relatório sobre a inspeção quando todo o trabalho for finalizado. Nas próximas semanas, o TCE-PE explicou que haverá outras inspeções in loco nas principais unidades de saúde de referência ao tratamento do novo coronavírus. Todo o trabalho conta com a participação de auditores de saúde e da Gerência de Contas da Capital.
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Secretário nega que há desabastecimento em Pernambuco
O secretário estadual de Saúde, André Longo, negou o desabastecimento dos medicamentos de sedação e intubação em Pernambuco. Longo comentou sobre o assunto nessa quinta-feira (15), durante coletiva de imprensa online.
"O Estado conseguiu fazer um estoque garantidor de medicamentos sedativos, de anestésicos, e de bloqueadores neuromusculares. Eu gostaria muito que esses médicos que citam isso [a falta dos medicamentos] que eles procurem os canais competentes para fazer a informação devida. Se está faltando medicação em algum local, se tem algum paciente que está em dificuldade é muito importante que esse relato chegue para Secretaria de Saúde (...) Não é verdade que Pernambuco não tem estoque, que está à disposição para ser visto (...) Não é para paciente nenhum estar acordando em leito de terapia intensiva em Pernambuco", disse.