Com letras do alfabeto grego (alfa, beta, gama e delta, por exemplo), a Organização Mundial da Saúde (OMS) atribuiu nomenclaturas simples, fáceis de pronunciar e lembrar para as principais variantes do novo coronavírus. Os nomes foram escolhidos após ampla consulta e revisão dos diversos sistemas de classificação utilizados. Para isso, a OMS reuniu especialistas em nomenclatura e taxonomia de vírus, cientistas e autoridades.
Os novos nomes não substituem as denominações científicas existentes, que transmitem informações científicas importantes e continuarão sendo usadas em pesquisas. Embora tenham suas vantagens, os nomes científicos podem ser difíceis de pronunciar e lembrar e estão sujeitos à notificação incorreta. Assim, geralmente as pessoas chamam as variantes pelos locais de origem onde são detectadas, gerando estigma e discriminação, segundo a OMS. Para evitar esse cenário e simplificar as comunicações públicas, a entidade incentiva as autoridades nacionais, meios de comunicação e outros a adotarem as novas nomenclaturas.
Sobre as variantes de preocupação, elas estão associadas a uma ou mais das seguintes alterações em grau de significância para a saúde pública: aumento da transmissibilidade ou alteração prejudicial na epidemiologia da covid-19; aumento da virulência ou mudança na apresentação clínica da doença; diminuição da eficácia das medidas sociais e de saúde pública ou diagnósticos, vacinas e terapias disponíveis.
Nomenclaturas
- Alfa é a nova nomenclatura da variante do Reino Unido (B117)
- Beta é como ficou a nova denominação da variante da África do Sul (B1351)
- Gama é o nome que foi dado à variante brasileira (P1)
- Delta é a nova nomenclatura da variante da Índia (B16172)
A OMS informa que monitora as mudanças no vírus para que, se mutações significativas forem identificadas, seja possível informar aos países e ao público sobre condutas necessárias para reagir à variante e prevenir a sua propagação.
Pernambuco
No Estado, os resultados da investigação sobre as novas variantes do novo coronavírus, nas amostras coletadas no Agreste, estão previstos para ser divulgados nesta semana que se inicia. Pelo menos duas instituições fazem análises em paralelo: a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o Instituto Aggeu Magalhães (IAM), que é a unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Estado. Ao todo, até o momento, o IAM recebeu aproximadamente 50 amostras biológicas do Agreste, todas do mês de maio, que têm confirmação para o novo coronavírus. Elas começaram a ser processadas na última terça-feira (1º).