Levantamento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), entidade ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), revela que Pernambuco desponta entre os Estados com maior eficiência na aplicação das doses recebidas das vacinas contra a covid-19. De acordo com a instituição, o Estado utilizou 82% dos imunizantes, ocupando a 4º colocação no Brasil, junto ao Paraná. A análise levou em consideração a proporção de doses distribuídas e aplicadas até o último domingo (8).
O Estado de São Paulo é o que mais aplicou as doses recebidas: 95% foram usadas. Em seguida, vêm o Mato Grosso do Sul (94%) e o Rio Grande do Sul (86%). As menores taxas são do Amapá (63%), de Roraima (64%) e do Amapá (68%).
"Pernambuco sempre foi um dos primeiros Estados a atingir meta em campanhas nacionais. Para isso, contamos com o apoio da população, empenho dos municípios e disponibilidade de doses de vacinas, encaminhadas pelo Ministério da Saúde, a fim de dar seguimento às ações. Nesta campanha contra a covid-19, vivenciamos diversos desafios, mas estamos esperançosos para continuar avançando, principalmente com a expectativa de continuarmos recebendo um bom fluxo de vacinas e com a compensação prevista pelo órgão federal para as próximas entregas no Estado", afirma o secretário Estadual de Saúde, André Longo.
O gestor lembra que o Ministério da Saúde, junto aos Conselhos de Secretários de Saúde (Conass) e as Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), decidiu fazer uma compensação gradual dos quantitativos de vacinas para Estados que receberam menos doses, proporcionalmente à sua população total a ser vacinada. Na última coletiva de imprensa, realizada na quinta-feira (5), Longo ressaltou que "a partir das próximas entregas, deverão ser equiparadas as coberturas vacinais entre os Estados de acordo com a população, sendo, então, compensados aqueles que vinham recebendo menos doses proporcionalmente, como era o caso de Pernambuco".
O secretário ainda destaca que, com mais doses à disposição, os municípios precisam continuar otimizando o uso do imunizante e, principalmente, dando celeridade ao processo vacinal, realizando ações diversas para atender toda a complexidade do seu território. "Montamos uma operação logística eficiente, com a entrega das vacinas em até 12 horas após a chegada delas no Estado. Continuamos acreditando na capacidade dos gestores municipais de fazerem uma campanha de sucesso."
Para André Longo, também se faz necessária a adesão do público, que deve buscar a dose assim que for liberada para a faixa etária. "Todas as vacinas da campanha são seguras, aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e utilizadas em diversos países. E a melhor sempre será aquela que está disponível no momento", salienta o secretário.