Notícias e análises sobre medicina e saúde com a jornalista Cinthya Leite

Saúde e Bem-estar

Por Cinthya Leite e equipe
IMUNIZAÇÃO

Diretor da Anvisa afirma que CoronaVac pode chegar a crianças mais novas até março

Um dia após a Anvisa aprovar a imunização crianças e adolescentes de 6 a 17 anos com a CoronaVac, o diretor do órgão Alex Campos saiu em defesa da vacinação para o público infantil

Cadastrado por

Marcelo Aprígio

Publicado em 21/01/2022 às 11:45 | Atualizado em 21/01/2022 às 22:38
Alex Campos, diretor da Anvisa, concedeu entrevista à Rádio Jornal - Reprodução

O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Alex Campos, disse que crianças menores de seis anos podem receber doses da CoronaVac até março deste ano. A afirmação foi feita em uma entrevista sexta-feira (21), um dia após a aprovação do imunizante do Butantan para crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos, ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal.

"É importante destacar que a Anvisa só autoriza vacinas a partir da construção de um conjunto de evidências científicas, neste caso, também acadêmicas. Esse pedido da CoronaVac já foi impulsionado na Anvisa há alguns meses. É um processo que vem sendo amadurecido a partir dos estudos de fases 1 e 2", disse Campos na entrevista.

Segundo ele, o estudo de avaliação está sendo feito em quatro países, com possibilidade de conclusão em dois meses. "O estudo que está sendo conduzido pela Sinovac, envolvendo quatro países, deve ser concluído em março. Ocorrendo isso, e os dados sendo robustos, esta faixa etária pode ser abrangida também pela autorização do uso emergencial", explicou Campos, que foi chefe de gabinete do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.

.

Durante a entrevista, ele foi questionado o por que da Anvisa a não autorizar a imunização de crianças menores de seis anos com a CoronaVac. Alex Campos afirmou que a decisão tem por base os estudos apresentados pelos desenvolvedores da vacina produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

"O pedido do Butantan abrangia idades que iam de 3 a 17 anos, mas como a avaliação [para liberação] leva em conta estudos clínicos e de efetividade, bem como a avaliação de sociedades médicas, os estudos que tivemos acesso, inclusive os do Chile, apenas se circunscreviam à faixa etária de 6 a 17 anos”, disse ele.

Para além da pesquisa citada, Alex também revelou que há um estudo de fase no Chile, que dá base mais robusta às evidências apresentadas pelo Butantan. "Existe, em curso também, um estudo de fase 3, envolvendo crianças, tocado pela Sinovac, que envolve também o Chile. Como esses estudos estão avançados no Chile, pois têm robustez, são estudos de efetividade, de vida real nas crianças chilenas, eles serviram de incremento no conjunto de evidências que o Butantan havia colecionado para o registro do uso emergencial para crianças”, completou.

Vacina é solução

Durante a entrevista, Alex Campos também defendeu a vacinação como caminho mais eficiente para deixarmos a pandemia de covid-19. Ele aconselhou ainda que as pessoas não deem atenção 'informações desencontradas da internet'. preciso vacinar as crianças. Aliás, a Anvisa se incorpora ao coro de que as pessoas se vacinem, se informem melhor, que não se pautem por informações desencontradas da internet, porque a vacina é a melhor solução para enfrentar a pandemia”, defendeu Campos.

Tags

Autor

Veja também

Webstories

últimas

VER MAIS