O consumo do cigarro eletrônico foi visto como uma das causas da diminuição no rendimento escolar dos adolescentes, o que levantou o questionamento de se vape faz mal para saúde.
O vape é um dispositivo eletrônico composto por um líquido que pode ter diversas essências/sabores concentrados ou não em nicotina, de forma que possa ser aquecido e inalado.
Por mais seja menos invasivo que o cigarro tradicional, já foram detectadas diversas consequências negativas do uso do vape para o corpo do ser humano, como a doença Evali.
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Diante disso, a comercialização do cigarro eletrônico, também conhecido como vape ou pod, foi proibida no Brasil, diante decisão do Ministério da Justiça.
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RELAÇÃO DO VAPE COM OS JOVENS:
A popularização do cigarro eletrônico entre os jovens foi uma das preocupações levadas em consideração na proibição do vape no país.
Os riscos do vape não são tão difundidos como deveria, mas é possível afirmar que o consumo frequente pode promover doenças respiratórias e cardiovasculares.
Essa afirmação foi divulgada pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), que também reforçou a possibilidade do usuário do vape desenvolver um câncer no pulmão.
O vape eletrônico foi visto como capaz de afetar até o rendimento acadêmico dos adolescentes.
“O cigarro eletrônico é a modernização do antigo cigarro, então, passa uma ideia de ostentação”, explicou o gestor pedagógico do Colégio GGE, Tayguara Velozo.
“Além disso, cria no adolescente a sensação de pertencimento a uma tribo, a um grupo social, e essa é uma característica que é bastante levada em consideração na adolescência”, revelou o especialista.
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Diante disso, Tayguara reforçou que as substâncias e produtos presentes no cigarro eletrônico são capazes de viciar e causar transtornos que impactam na vida pessoal e acadêmica do aluno.
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O pedagogo declarou que a escola pode ser tornar uma grande aliada para afastar os jovens do vape eletrônico, com um papel essencial de instruir e orientar o estudante.
“É preciso conscientizar, explicar, informar e trazer o que, de fato, é o cigarro eletrônico, e quais os malefícios, as causas e consequências do uso”, acrescentou Velozo.
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“Além disso, as escolas também podem realizar intervenções, abordando essa temática e trazendo para discussão com o aluno em sala de aula”, sugeriu o gestor.
O papel da família e do diálogo também foram citados como essenciais para estar em paralelo com as orientações da escola, a fim de que a visão contra o vape seja reforçada fora do ambiente acadêmico.
“É no tempo livre do jovem, no momento onde não há tanta fiscalização e nas saídas à noite, quando se tem mais facilidade de ter contato com o cigarro eletrônico”, contou Tayguara Velozo.
Sendo assim, o gestor pedagógico concluiu que é necessário uma parceria entre a família e a escola para que os jovens sejam devidamente orientados sobre o quanto o vape faz mal para saúde.