O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres: mais de 66 mil casos novos são estimados por ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
No País, há um risco estimado de 61,61 casos de câncer de mama a cada 100 mil mulheres. A campanha Outubro Rosa tem o intuito de chamar a atenção para a importância da prevenção.
O QUE CAUSA CÂNCER DE MAMA?
Não há uma causa única para o câncer de mama.
Diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como envelhecimento, determinantes relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso e atividade física insuficiente.
SINTOMAS DE CÂNCER DE MAMA
O câncer de mama geralmente não apresenta sintomas nas fases iniciais. Os principais sinais suspeitos, segundo o Inca, são:
- caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor
- pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo)
- saída espontânea de líquido de um dos mamilos
- pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas) também podem aparecer
FATORES DE RISCO DO CÂNCER DE MAMA
Os principais fatores de risco para o câncer de mama, segundo o Inca, são:
Comportamentais/Ambientais
- Obesidade e sobrepeso, especialmente após a menopausa
- Atividade física insuficiente (menos de 150 minutos de atividade física moderada por semana)
- Consumo de bebida alcoólica
- Exposição frequente a radiações ionizantes
- História de tratamento prévio com radioterapia no tórax
Aspectos da vida reprodutiva/hormonais
- Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos
- Não ter filhos
- Primeira gravidez após os 30 anos
- Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos
- Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona)
- Ter feito terapia de reposição hormonal (estrogênio-progesterona), principalmente por mais de cinco anos
Hereditários/Genéticos
- Histórico familiar de câncer de ovário e de câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos
- Histórico de caso de câncer de mama em homem
- Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2 - a mulher que possui esses fatores genéticos tem risco elevado para câncer de mama
CÂNCER DE MAMA: O QUE TODA MULHER PRECISA SABER
No vídeo abaixo, do Instituto Nacional de Câncer (Inca), saiba mais sobre como se proteger do câncer de mama, seus fatores de risco e de proteção, sinais e sintomas suspeitos e quando é indicado fazer mamografia, segundo o Ministério da Saúde.
OUTUBRO ROSA 2022
Mais uma vez, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) retoma o movimento de conscientização Quanto antes melhor.
Com a chegada do Outubro Rosa 2022 e a permanência da pandemia de covid-19, o cenário do câncer de mama continua a preocupar no País.
Por causa disso, a SBM reforça a mensagem à população para a importância do diagnóstico precoce, com a realização de exames preventivos e visitas regulares ao médico.
O movimento chama a atenção para a necessidade de adoção de um estilo de vida que compreenda a prática de atividades físicas e alimentação saudável, minimizando riscos não só do câncer de mama, como de muitas outras doenças.
Outra mensagem-chave da entidade é para, quando preciso, o tratamento ser iniciado logo após o diagnóstico, aumentando a sobrevida e chances de cura da paciente.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Vilmar Marques, o atual contexto requer muita atenção devido ao quadro pandêmico que fez com que, ao longo de aproximadamente dois anos e meio, houvesse uma redução de mais de 70% na presença de mulheres às unidades hospitalares.
"Mastologistas da SBM em todo o Brasil monitoraram essa movimentação que, certamente, variou de região para região. Porém, em todo o território nacional, houve queda na procura por exames preventivos e tratamento", afirma Vilmar Marques.
Ele lembra que o câncer de mama se tornou o mais comum no mundo e, assim com qualquer outro tumor, a doença não espera. Ou seja - atrasar ou interromper o tratamento pode acarretar “prejuízos” irreversíveis em certos casos.
"Não queremos alarmar, mas sim orientar a população. Compreendemos a nossa impotência diante da pandemia e do isolamento social que foi necessário em certo período. Mas, agora, com o avanço da vacinação, é primordial que não só seja retomada a rotina de tratamento, como acelerada. Quanto antes retomar melhor", alerta o mastologista.
O presidente ressalta ainda que o fato de não ter a doença diagnosticada não significa que a pessoa não precisa fazer o rastreamento.
É imprescindível que a mulher, principalmente a partir de 40 anos, realize anualmente a mamografia, exame mais eficaz para o diagnóstico precoce do câncer de mama.
"Temos que, uma vez por todas, adotar o conceito de saúde preventiva. Muitas mulheres não fazem com medo de achar algo, mas é importante entender que quem acha tem a chance de cuidar. E quanto mais cedo for, melhores serão as chances de cura", alerta Vilmar Marques.