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SAÚDE DA MULHER

MENOPAUSA: como saber se estou na menopausa? Veja o que dizem ginecologistas

Idade mediana de ocorrência da menopausa é de 48 anos

Cadastrado por

Cinthya Leite

Publicado em 18/10/2022 às 12:30 | Atualizado em 27/10/2022 às 8:24
A cidade de São Paulo registrou neste sábado, 23, novo recorde de temperatura máxima em 2023 - FREEPIK/BANCO DE IMAGENS

Neste Dia Mundial da Menopausa, 18 de outubro, ginecologistas alertam as mulheres sobre as mudanças que ocorrem nesse período e incentivam esse público a procurar um especialista que possa ajudar a passar por essa fase da sua vida com mais tranquilidade.

Segundo dados do Estudo Brasileiro de Menopausa, que teve como um dos seus autores o ginecologista Luciano de Melo Pompei, presidente da Comissão de Climatério da Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (Febrasgo), a idade mediana de ocorrência da menopausa (a última menstruação da vida feminina), relatada pelas participantes, foi de 48 anos.

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O estudo contou com um total de 1.500 mulheres de todo o Brasil.

As mulheres passam um terço ou mais de suas vidas na fase da pós-menopausa.

QUANTO TEMPO DURA A MENOPAUSA? 

"A menopausa é parada definitiva das menstruações, representando um marco: a última menstruação", ressalta o ginecologista.

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MENOPAUSA E CLIMATÉRIO 

O ginecologista Luciano explica sobre a transição menopausal. "O climatério abrange toda a transição do período reprodutivo para o não-reprodutivo, indo até a última menstruação. Nessa fase, a mulher já apresenta alterações menstruais e, frequentemente, começa a ter sintomas da menopausa, como as ondas de calor. Todavia, ela ainda apresenta ciclos menstruais (irregulares)."

MENOPAUSA PRECOCE

Conhecida também como insuficiência ovariana prematura, a menopausa precoce é quando o ovário deixa de produzir os hormônios, e a mulher entra em menopausa e para de menstruar totalmente antes dos 40 anos.

O ginecologista Luciano esclarece que, na maioria das vezes, é difícil determinar uma causa.

Ainda não existem exames que consigam detectar a causa da menopausa precoce.

"Entretanto, em muitos casos é possível a detecção do que causa a menopausa precoce, como doenças autoimunes, que levam o corpo a produzir anticorpos contra o próprio organismo, tratamentos oncológicos, como quimioterapia e radioterapia, fatores genéticos e cromossômicos", destaca o ginecologista.

QUAIS OS SINTOMAS DA MENOPAUSA? 

A ginecologista Lucia Helena Simões, vice-presidente da Comissão de Climatério, esclarece que os principais sintomas da menopausa são muitos. "Há os sintomas vasomotores, conhecidos como as ondas de calor. Muitas vezes, são acompanhados de sudorese, palpitação, despertar noturno", diz Lucia. 

A mulher pode ter uma onda de calor e acaba acordando várias vezes à noite, tendo dificuldade para voltar a pegar no sono. "Então, isso leva à insônia, cansaço, indisposição, alterações psicológicas, ansiedade, irritabilidade, humor mais depressivo ou agravamento de uma depressão que ela já pode ter", acrescenta a ginecologista. 

Problemas vaginais, ressecamento vaginal, dor para ter relações sexuais, incontinência urinária e alterações da memória também podem ser outros exemplos de consequências da menopausa. 

O QUE A MENOPAUSA PODE CAUSAR?

A médica Lucia Helena Simões, da Febrasgo, fala sobre como é momento de alteração de humor na vida das mulheres.

"Existem outras condições, que acontecem neste período da vida da mulher, que podem agravar o estado do humor, como problemas psicológicos."

Ela menciona a síndrome do ninho vazio. "O filhos chegam à fase adulta e vão saindo de casa, logo a mulher se vê sozinha ou somente com o parceiro, e isso pode acarretar alterações de humor. Do ponto de vista de carreira de trabalho, também pode haver algum comprometimento, e essas são outras questões sociais que envolvem esse período", enfatiza Lucia.

MENOPAUSA TRATAMENTO  

Segundo a ginecologista Lucia, para aliviar os sintomas, a mulher pode recorrer à terapia hormonal.

"O tratamento do climatério se baseia em orientação alimentar, atividade física, aporte psicológicos necessários e terapia de reposição manual para controle dos sintomas, além outras medicações não hormonais, quando a mulher não pode ou não deseja usar a terapia de reposição hormonal."

Ela frisa que "a terapia é feita de forma individualizada, levando em consideração as necessidades da mulher". 

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