O Ministério da Saúde lançou hoje (6) o Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas.
A iniciativa, tomada em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) visa reduzir a fila de pacientes do SUS que aguardam por atendimento especializado.
Um montante de R$ 600 milhões em recursos foi garantido para a iniciativa pela PEC da Transição, e a primeira remessa (cerca de R$ 200 mi) será destinada a realização de cirurgias eletivas - represadas em decorrência da pandemia da covid-19.
De acordo com o secretário de Atenção Especializada à Saúde (SAES), Hélvico Magalhães, um levantamento será feito para que o governo possa analisar e disponibilizar as ferramentas necessárias para realizar o atendimento de pacientes de várias regiões do país.
Caberá aos estados, em um primeiro momento, encaminhar ao Ministério da Saúde os planos de trabalho para homologação e transferência do dinheiro para que, dessa forma, o governo federal busque a melhor maneira para sanar os problemas de cada região.
O IMPACTO DAS FILAS DE ESPERA NO SUS
O Médico da Família e Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de São Paulo, Giliate Coelho, explica que a descontinuação dos atendimento especializados de pacientes pelo SUS pode implicar em danos graves à saúde pública do país.
"Quando o paciente deixa de ter o seu atendimento realizado no posto de saúde, ele corre o risco de ter um conjunto de doenças", explica o médico, que também é professor de Medicina da Faculdade Tiradentes (FITS).
"O principal papel da atenção básica é a prevenção, e quando isso não ocorre, você tem um quebra desse cuidado, e isso vai acarretar diversos problemas [para a saúde do paciente]", pontua.