Um em cada 10 mil bebês nasce com a anomalia de Ebstein, uma cardiopatia rara da válvula tricúspide (condição rara no coração) com a qual convive a filha do ator Juliano Cazarré, Maria Guilhermina.
Nas redes sociais, ele atualizou sobre o estado da filha, que está internada no Rio de Janeiro desde a última quarta-feira (15).
COMO ESTÁ A FILHA DE JULIANO CAZARRÉ?
Ela precisou ficar hospitalizada para retirar a cânula da traqueostomia.
O diagnóstico de anomalia de Ebstein de Maria Guilhermina foi dado durante a gravidez de Letícia Cazarré, esposa de Juliano.
Eles frequentemente publicam, em rede social, sobre o quadro de saúde de Maria Guilhermina.
O QUE É ANOMALIA DE EBSTEIN? TEM CURA?
A anomalia de Ebstein não tem cura, mas pode ser tratada.
Embora rara, a anomalia de Ebstein é a doença congênita mais comum da valva tricúspide (uma das quatro válvulas do nosso coração) e corresponde a 0,5% das cardiopatias congênitas.
O QUE PODE CAUSAR A ANOMALIA DE EBSTEIN?
Nos casos de anomalia de Ebstein, a válvula tricúspide é malformada durante a gestação e fica posicionada em uma região muito baixa. Isso permite que o sangue escape para trás a partir do ventrículo para o átrio.
Essas anormalidades levam a uma insuficiência cardíaca congestiva (ocorre quando o coração não está bombeando sangue suficiente para atender às necessidades do organismo) e a um fluxo insuficiente de sangue vermelho para o corpo (síndrome de blue baby - nome que remete ao tom azul-arroxeado da pele).
As formas graves da anomalia de Ebstein, segundo publicação no site do Hospital Infantil Sabará, podem causar um aumento tão grande do coração que ele enche a cavidade do peito do bebê e ocupa as áreas dos pulmões, que ficam muito pequenos.
Dessa maneira, os casos mais severos se tornam um problema de coração-pulmão.
Os casos graves da anomalia de Ebstein são bastante incomuns.
São mais frequentes as formas mais leves da anomalia de Ebstein, que são tratáveis.
COMO É FEITA A CIRURGIA DA ANOMALIA DE EBSTEIN?
A maioria das crianças com uma forma mais branda da anomalia de Ebstein pode ser tratada com medicação que controla a insuficiência cardíaca congestiva ou os ritmos cardíacos anormais.
Os casos da anomalia de Ebstein que são graves causam arritmia ou baixos níveis de oxigênio no sangue (cianose). Assim, a cirurgia provavelmente é necessária, a fim de fazer a correção da válvula tricúspide.