Em menos de um mês da identificação dos dois primeiros casos de Candida auris este ano em Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) já contabiliza nove pacientes com diagnóstico confirmado do superfungo emergente, que representa uma série ameaça à saúde pública.
Nesta segunda-feira (5/6), dois novos casos de Candida auris foi confirmado.
Esses dois pacientes estão internados no Hospital do Tricentenário, em Olinda, no Grande Recife.
Com isso, sobe para cinco o número de pacientes da unidade com Candida auris.
Os dois pacientes com diagnóstico confirmado nesta segunda-feira (5) têm 50 e 54 anos. Eles estão sendo acompanhados no setor de enfermaria do Tricentenário.
"Os pacientes foram admitidos no Tricentenário por outras motivações, que envolvem sequelas de AVC (acidente vascular cerebral) e infecção do trato urinário. Não apresentam repercussões clínicas decorrentes do fungo", informa a SES-PE.
Em nota, a secretaria explica que os diagnósticos desses dois pacientes se deram por meio da realização de exames de vigilância para casos contactantes de caso positivo.
"Até o momento, dos nove casos confirmados para Candida auris este ano, cinco deles são de pacientes do Hospital do Tricentenário."
No último dia 22 de maio, o Hospital Miguel Arraes, em Paulista (Grande Recife), precisou suspender os novos atendimentos, depois que um paciente de 48 anos recebeu diagnóstico de colonização pelo superfungo.
Mas, desde a última sexta-feira (2), a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informa que foi iniciado o processo de desbloqueio dos leitos no Miguel Arraes.
"Neste primeiro momento, 56 leitos foram serão liberados, sendo 28 de cirurgia geral e outros 28 de ortopedia. Esses leitos poderão receber pacientes encaminhados pela Central Estadual de Regulação de Leitos. É importante frisar que o setor de emergência permanece sem receber novos pacientes", informa a SES-PE.
A pasta ainda frisa que, por meio da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), reitera o compromisso com a assistência integral dos pacientes atendidos na rede de saúde e reforça a importância de não estigmatizar os pacientes diagnosticados com a Candida auris.