Depressão é uma condição médica grave e, nos últimos anos, tem aparecido com uma grande incidência na população em geral.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão pode interferir na vida diária, na capacidade de trabalhar, dormir, estudar, comer e aproveitar a vida.
Pessoas que passaram por eventos adversos durante a vida (desemprego, luto, trauma psicológico) são mais propensas a desenvolver depressão, mas o transtorno também pode aparecer sem motivo externo aparente.
O QUE A DEPRESSÃO PODE CAUSAR NO CORPO?
A depressão é uma condição complexa que envolve aspectos bioquímicos, neurológicos e psicológicos. Quimicamente, acredita-se que a depressão esteja associada a um desequilíbrio nos neurotransmissores do cérebro, como a serotonina, a noradrenalina e a dopamina.
A serotonina, por exemplo, desempenha um papel fundamental na regulação do humor, sono, apetite e funções cognitivas. Níveis baixos desse neurotransmissor podem estar associados a sintomas depressivos.
Além dos aspectos químicos, a depressão também está ligada a fatores biológicos, como predisposição genética, desequilíbrios hormonais, alterações estruturais no cérebro e influências ambientais, como estresse prolongado, traumas emocionais ou eventos significativos na vida da pessoa.
Já os aspectos psicológicos da depressão estão ligados às experiências individuais, ao funcionamento cognitivo e ao processamento emocional.
Pessoas com depressão frequentemente apresentam padrões de pensamento negativos, autocrítica intensa, pessimismo e dificuldade em sentir prazer em atividades que antes eram prazerosas.
SINTOMAS FÍSICOS DA DEPRESSÃO
A depressão não se expressa somente em pensamentos negativos e infelicidade. Essa é uma condição que, como já falado, envolve uma grande interação de diversos componentes do organismo.
Com isso, o corpo também sofre sintomas físicos da depressão, que podem ser observados em:
Fadiga e cansaço excessivo
Sentir-se constantemente exausto, mesmo após períodos de descanso adequado.
Dores e desconfortos
Dores musculares, dores de cabeça, dores no peito, problemas digestivos e dores abdominais sem causa física aparente.
Distúrbios do sono
Insônia, dificuldade em adormecer, sono excessivo ou padrões de sono interrompidos.
Alterações no apetite
Podem ocorrer tanto aumento quanto perda de apetite, levando a mudanças no peso corporal.
Problemas gastrointestinais
Problemas gastrointestinais como cólicas, náuseas, constipação ou diarreia, muitas vezes sem razão médica identificável.
Dificuldades de concentração e memória
Dificuldade em se concentrar, tomar decisões ou lembrar-se de informações.
Tensão muscular e tremores
Podem ocorrer tensões musculares generalizadas ou tremores sem motivo físico evidente.
Baixa energia e atividade física reduzida
Diminuição da disposição para realizar atividades físicas, levando a uma redução do nível de atividade diária.
FATORES DE RISCO DA DEPRESSÃO
Alguns fatores de risco aumentam a probabilidade de uma pessoa sofrer de depressão, são eles:
- Histórico familiar;
- Transtornos psiquiátricos correlatos;
- Estresse crônico;
- Ansiedade crônica;
- Disfunções hormonais;
- Dependência de álcool e drogas ilícitas;
- Traumas psicológicos;
- Doenças cardiovasculares, endocrinológicas, neurológicas, neoplasias entre outras;
- Conflitos conjugais;
- Mudança brusca de condições financeiras e desemprego.
Com informações do Ministério da Saúde.