A glicose no sangue, também conhecida como açúcar do sangue, desempenha um papel crucial como marcador metabólico, refletindo a influência de nossos hábitos diários.
Veja abaixo alguns aspectos fundamentais relacionados a esse componente vital.
O que é glicose?
Glicose é sinônimo de açúcar e sua concentração no sangue é denominada glicemia. Surpreendentemente, o açúcar do sangue não está vinculado apenas a alimentos doces.
Todos os alimentos, ao serem digeridos, transformam-se em açúcar, variando a quantidade e a rapidez com que afetam a glicemia.
Glicose alterada: significado e valores de referência
A glicemia, medida após jejum ou alimentação, possui valores esperados distintos. Valores alterados indicam riscos à saúde. Os padrões de referência incluem:
- Glicemia em jejum (8 a 12 horas): 70 a 99 mg/dL.
- Glicemia após sobrecarga: até 200 mg/dL.
Faixas intermediárias, como glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dL, sinalizam alerta para mudanças de hábitos. A partir de 126 mg/dL, estabelece-se o diagnóstico de diabetes.
Sintomas de glicose alta e baixa
A hiperglicemia, muitas vezes assintomática inicialmente, pode causar danos silenciosos ao organismo. Principais sintomas incluem sede excessiva, aumento da urina, fome intensa e fadiga. Em contraste, a hipoglicemia, com sintomas como dor de cabeça, tontura e confusão, é uma condição de urgência, especialmente em pessoas com diabetes, onde a perda de sensibilidade aos sintomas pode ser perigosa.
Fatores de risco e diferenças entre diabetes tipo 1, 2 e gestacional
Hábitos de vida saudáveis são cruciais para controlar os níveis de açúcar no sangue. Enquanto o diabetes pode ter uma predisposição hereditária, a prevenção é possível com mudanças no estilo de vida. O controle adequado está diretamente relacionado à minimização de complicações a longo prazo.
- Diabetes Tipo 1: Genético e autoimune, ocorre principalmente em crianças, exigindo a reposição de insulina.
- Diabetes Tipo 2: Mais comum em adultos e associado a hábitos de vida, caracterizado pela redução da eficiência da insulina.
- Diabetes gestacional: Aparece durante a gravidez, exigindo monitorização cuidadosa e, frequentemente, tratamento.
Testes de glicose e seus propósitos
- Teste de glicose com fitas (Glicemia capilar): Permite monitoramento frequente em casa, mas difere da glicemia laboratorial.
- Hemoglobina glicada: Avalia a média da glicemia nos últimos 90 a 120 dias, sendo útil para controle e diagnóstico.
- Frutosamina: Alternativa à HbA1c, avalia a média da glicemia nos últimos 14 dias.
- 1,5 Anidroglucitol: Avalia o tempo de exposição à hiperglicemia, complementando o controle do diabetes.
- Glicemia Pós-Prandial: Mede a glicose após as refeições, indicando a tolerância à glicose.
- Teste de Tolerância à Glicose (Curva Glicêmica): Diagnóstico do diabetes, com valores específicos para gestantes.
Compreender a dinâmica da glicose no sangue e realizar exames regulares são passos cruciais para o diagnóstico precoce, controle efetivo e promoção da saúde metabólica. Agende seus exames e esteja atento aos sinais de alerta.
Fonte: Delboni Auriemo