A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado, sem ser atribuído ao consumo excessivo de álcool.
Ela se destaca como uma das doenças hepáticas mais comuns em todo o mundo e sua incidência tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas, o que tem repercussões significativas para indivíduos com diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Qual é a relação entre a presença de gordura no fígado e o diabetes tipo 2?
A DHGNA está intimamente relacionada à síndrome metabólica, um conjunto de condições médicas que inclui obesidade, resistência à insulina, hipertensão arterial e dislipidemia.
Seu diagnóstico geralmente envolve exames de imagem, como ultrassonografia hepática, ressonância magnética ou elastografia hepática, e é confirmado pela exclusão de outras causas de acúmulo de gordura no fígado, como o consumo excessivo de álcool.
Os fatores que contribuem para o desenvolvimento e a progressão da DHGNA estão intrinsecamente ligados aos do diabetes tipo 2 e das doenças cardiovasculares.
A resistência à insulina, por exemplo, desempenha um papel crucial, levando a um aumento na produção de gordura pelo fígado e, consequentemente, ao seu acúmulo no órgão. Por sua vez, a DHGNA está associada a um maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.
A inter-relação entre condições como DHGNA, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares e diabetes forma um quadro complexo que requer uma abordagem multidisciplinar para o manejo adequado.
É possível controlar ou reduzir a presença de gordura no fígado?
Sim, é possível controlar a DHGNA. A chave para uma vida saudável reside em adotar hábitos equilibrados: manter o peso sob controle, praticar exercícios físicos regularmente e seguir uma dieta nutritiva. Além disso, é crucial controlar fatores de risco, como diabetes e hipertensão.
Em casos mais avançados, podem ser necessários medicamentos específicos. Portanto, é fundamental que os pacientes com DHGNA sejam monitorados regularmente, pois a condição pode evoluir para estágios mais graves, como esteatohepatite não alcoólica e cirrose hepática.
O acompanhamento médico regular possibilita a intervenção precoce e a prevenção de complicações graves. Assim, compreender a DHGNA, suas interconexões com outras condições e a importância do manejo adequado é essencial para melhorar os resultados clínicos e reduzir o impacto global dessa condição hepática cada vez mais prevalente.
*Com informações de Quem Vê Diabetes Vê Coração