O que causa AVC? Saiba quais são os fatores de risco, sintomas e tratamentos
29 de outubro é o Dia Mundial do AVC, data criada para alertar sobre os fatores de risco, sintomas e a importância do tratamento para salvar vidas
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame, é uma das condições médicas mais graves e prevalentes em todo o mundo.
De acordo com a Organização Mundial do AVC, é uma principais causas de morte e incapacidade. A cada ano, cerca de 13,7 milhões de pessoas são acometidas pela doença e, tragicamente, 5,5 milhões perdem suas vida.
O dia 29 de outubro é o Dia Mundial do AVC. A data traz à tona a importância de se discutir as causas, sintomas e tratamentos para a condição.
Vale destacar que em Pernambuco, por ano, cerca de 1.500 pessoas morrem por AVC, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado.
O que causa o AVC?
Existem dois principais tipos de AVC: o isquêmico e o hemorrágico. Ambos possuem causas diferentes, mas causam danos sérios às células cerebrais e demandam socorro médico imediato.
O AVC acontece quando os vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem.
AVC isquêmico
O AVC isquêmico é o tipo mais comum, responsável por cerca de 85% dos casos, de acordo com o Ministério da Saúde.
Ele ocorre quando um coágulo bloqueia o fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral, impedindo a chegada de oxigênio e nutrientes às células do cérebro.
"A aterosclerose (depósito de gordura e cálcio nos vasos sanguíneos) está entre as principais causas do AVC isquêmico. Algumas arritmias, como a fibrilação atrial, fazem com que o átrio não bata como deveria e isso favorece a formação de coágulos", explica o cirurgião cardiovascular Edmilson Cardoso, chefe do serviço de Cirurgia Cardíaca do Hospital das Clínicas no Recife.
AVC hemorrágico
O AVC hemorrágico é menos comum, mas extremamente perigoso. Esse tipo de AVC ocorre quando há o rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro, provocando sangramento na área afetada.
As causas mais frequentes incluem a hipertensão descontrolada, o uso excessivo de anticoagulantes e aneurismas.
No AVC hemorrágico, a pressão do sangue extravasado danifica o tecido cerebral, o que pode causar sequelas severas e até levar à morte.
Quais os fatores de risco?
- Idade
- Hipertensão arterial
- Tabagismo e etilismo
- Diabetes
- Níveis altos de colesterol
- Histórico familiar de doenças cardiovasculares ou de hemorragia cerebral
- Arritmias cardíacas
- Sobrepeso e obesidade
"O lado positivo é que a maioria desses fatores são modificáveis e podem ser controlados com hábitos de vida mais saudáveis”, explica o cirurgião Edmilson Cardoso.
Sintomas do AVC
Reconhecer os sintomas do AVC é fundamental para buscar ajuda médica imediata. Os sinais podem aparecer de forma súbita e variam conforme a área do cérebro afetada.
Entre os sinais mais comuns do AVC estão:
- Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;
- Confusão mental;
- Alteração da fala ou compreensão;
- Alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
- Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
- Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
Em caso de suspeita de AVC, a recomendação é procurar atendimento médico emergencial imediatamente, pois o tempo é essencial para minimizar os danos cerebrais.
O indicado, ao observar os sinais, é ligar para o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU - 192) ou Corpo de Bombeiros (193).
Tratamento
Os tratamentos para o AVC dependem do tipo e da gravidade do quadro. Para o AVC isquêmico, pode ser utilizada a trombólise, um tratamento que dissolve o coágulo e restabelece o fluxo sanguíneo.
Já para o AVC hemorrágico, a intervenção cirúrgica é comumente indicada para controlar o sangramento e aliviar a pressão intracraniana.
Em ambos os casos, a reabilitação – que envolve fisioterapia, terapia ocupacional e apoio psicológico – é fundamental para ajudar o paciente a recuperar a função e melhorar a qualidade de vida.
Como prevenir o AVC?
- Mantenha uma dieta balanceada, rica em frutas, verduras e com baixo teor de gorduras saturadas;
Mantenha o colesterol em níveis saudáveis; - Evite fumar;
- Pratique exercícios físicos regularmente para fortalecer o sistema cardiovascular;
- Evite o consumo excessivo de álcool;
- Realize check-ups regulares e consulte seu médico para monitorar fatores de risco.
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