O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (30), em live nas redes sociais, que "nada justifica aqui em Brasília a tentativa de ato terrorista no aeroporto", que aconteceu no dia 24 de dezembro, nas imediações do Aeroporto de Brasília. As informações são da Estadão Conteúdo.
Bolsonaro também voltou a falar em "falta de liberdade".
"O elemento que foi pego, com ideias que não coadunam com nenhum cidadão, mas massificam em cima do cara como bolsonarista. A imprensa que fala tanto em liberdade de expressão e hoje aplaude alguém por ter duvidado de algo, essa falta de liberdade prejudica a democracia", disse Bolsonaro.
Bolsonaro afirmou ainda que, durante seu mandato "sempre lutou por democracia, liberdade, respeito às leis e à Constituição".
Suspeito de planejar explodir a bomba em Brasília, o paraense George Washington, de 54 anos, que se apresentou como gerente de posto de combustível, foi preso preventivamente. Ele disse a autoridades que estava há cerca de um mês acampado em frente ao Quartel do Exército em Brasília.
Ele teria confessado a ideia de "provocar o caos" na capital para impedir a posse de Lula.
Registrado como CAC (Colecionadores, atiradores profissionais e caçadores), George tinha transportado para Brasília duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, além de centenas de munições e cinco emulsões explosivas.
Em depoimento à Polícia Civil, George Washington contou que a motivação para adquirir armas veio de uma "paixão" de adolescente e também das "palavras do presidente Bolsonaro que sempre enfatizava a importância do armamento civil dizendo o seguinte: 'Um povo armado jamais será escravizado'".
Viagem de Bolsonaro para os EUA
A expectativa é de que Bolsonaro viaje ainda nesta sexta-feira aos Estados Unidos para não passar a faixa presidencial a Lula e se proteger de eventuais processos no Judiciário.
Cinco assessores vão acompanhá-lo no exterior para dar apoio e fazer sua segurança, segundo despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta.
O documento prevê que a atuação dos assessores em Miami se dará em "agenda internacional" do futuro ex-presidente Bolsonaro do dia 1º de janeiro, próximo domingo e dia da posse, até o dia 30 de janeiro.