A Polícia Civil de Pernambuco encontrou, nesta segunda-feira (6), uma ossada na zona rural de Nossa Senhora do Ó, no município de Ipojuca. Os restos mortais seriam de Pâmela Mirele Rodrigues da Silva, de apenas 19 anos, que foi sequestrada e morta por traficantes da cidade, em abril desse ano.
"Somente em maio de 2023 que tomamos conhecimento que essa jovem que teria sido levada da sua casa por traficantes. A família da garota, com bastante medo, nem procurou a delegacia para denunciar, mas através de informações que recebemos de colaboradores e câmeras de segurança, identificamos os suspeitos e representamos pela prisão temporária de um deles, além de busca domiciliar. Com isso, hoje (6) conseguimos cumprir o mandado de prisão e ele nos levou no local que tinha enterrado a vítima", detalhou o delegado Ney Rodrigues, à TV Jornal.
Outro suspeito também foi preso nesta segunda-feira, com a ajuda do depoimento do primeiro capturado.
"A polícia já sabia quem era a outra pessoa que cometeu o crime, só não tínhamos o endereço dele. Mas com a ajuda do primeiro suspeito conseguimos localizá-lo. Ele nos levou ao local, prendemos esse segundo suspeito, que confirmou a participação no crime", contou o delegado Ney Rodrigues.
Sobre a ação que culminou na morte da jovem e quem mandou matá-la, o delegado informou que o suspeito negou que tenha efetuado os disparos. "Em deles disse que recebeu ordem, mas não revelou de quem teria sido essa ordem para levar a garota até o local. Disse que não sabia o que ia acontecer com ela e que só ouviu alguns disparos, mas não viu e não soube dizer quem executou a vítima", declarou.
Grupo criminoso
Os suspeitos são integrantes de grupo criminoso que atua em Porto de Galinhas e um deles já foi preso por roubo por tráfico de drogas. Eles foram encaminhados para a Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, onde poderão ser autuados por ocultação de cadáver, com pena de um a três anos de prisão, em caso de condenação.
Já a ossada seguiu para o Instituto de Medicina Legal, onde passará por exames para identificação. A equipe da Delegacia de Porto de Galinhas segue investigando o crime, já que outras ossadas podem ser encontradas nesse local.
"Vamos fazer novas diligências nesse local, porque eles disseram que foram mais vezes no local. Ou seja, tudo indica que seja um cemitério clandestino dos traficantes". concluiu o delegado Ney Rodrigues.